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Alagoas

Sesau investiga suposta morte por Leptospirose

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está investigando uma morte ocasionada, supostamente, por Leptospirose. O óbito aconteceu no Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), em Maceió, no último domingo, e a vítima residia em Rio Largo, na região metropolitana da capital.

Para isso, os técnicos do Centro de Informação Estratégica em Vigilância à Saúde (Cievs) coletaram material biológico da suposta vítima e encaminharam para o Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). Segundo a técnica do Programa Estadual de Controle da Leptospirose, Patrícia Sarmento, em 15 dias o laudo conclusivo deve ser divulgado, comprovando se a moradora de Rio Largo foi vítima da doença.

De acordo com o histórico da paciente, ela teve contato com água contaminada no dia 16 de junho deste ano. No dia 1º de julho foi internada no Hospital Ib Gatto Falcão, sendo encaminhada para o Hospital Universitário no dia 13 de agosto e, no mesmo dia, foi transferida para o HEHA, onde morreu de parada cárdio-respiratória no último dia 15.

Ainda segundo Patrícia Sarmento, de janeiro até a primeira quinzena de agosto foram notificados 87 casos suspeitos de Leptospirose. Desses, 24 foram descartados e 36 confirmados. Quanto aos óbitos, dois foram ocasionados pela doença, sendo um em Capela e outro em União dos Palmares.

Prevenção – A técnica do Programa Estadual de Controle da Leptospirose alerta a população, no entanto, sobre os cuidados a serem adotados para evitar o contágio da doença, cuja incidência está relacionada às precárias condições sanitárias e alta infestação de roedores infectados. “O acondicionamento adequado do lixo é primordial; as águas das chuvas devem fluir livremente pela rede de esgotamento sanitário; o lixo deve ser colocado nas lixeiras e as bocas de lobo devem ser desobstruídas, já que elas podem provocar o alagamento do espaço público e inundações de casas, propiciando a disseminação da leptospirose”, recomendou Patrícia Sarmento.

A transmissão ocorre pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. Os roedores domésticos mais comuns, que levam leptospirose ao homem são: o rato de telhado, a ratazana e o camundongo. Isso porque, durante os temporais e inundações, a bactéria leptospira, presente na urina desses animais, se espalha nas águas, invade as casas e pode contaminar, através da pele, os que entram em contato com áreas infectadas.

Sintomas – A Leptospirose humana é uma doença infecciosa febril, de início súbito, que apresenta manifestações clínicas variáveis, desde um quadro inaparente até formas graves, apresentando febre, fortes dores de cabeça, dores musculares, quadro de icterícia, anorexia, náuseas e vômitos.

Este quadro pode evoluir para uma doença grave, com hemorragias e insuficiência renal, cuja letalidade, segundo o Ministério da Saúde, varia entre 10% e 40%. “Ao apresentar alguns desses sintomas, principalmente, dores na panturrilha, a pessoa deve se dirigir a uma unidade de saúde ou hospital para ser atendida e encaminhada para a realização de exames específicos”, observou a médica.