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Brasil/Mundo

Rio+20 traz o desafio de incorporar direitos das mulheres à agenda sustentável

A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (21) que a consolidação da presença das mulheres na política faça parte das iniciativas ligadas ao desenvolvimento sustentável. Ela disse também que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, traz o desafio de incorporar os direitos das mulheres à agenda da sustentabilidade.

“A Rio+20 nos apresenta o desafio de incorporar os direitos das mulheres como dimensão crucial e estruturante do processo de desenvolvimento sustentável. Sem isso, não atingiremos os objetivos que nos trazem ao Rio de Janeiro. A preocupação com a consolidação da presença das mulheres na política deve nortear as iniciativas ligadas a cada um dos pilares do desenvolvimento sustentável: o econômico, o social e o ambiental”, disse.

Ao participar do Fórum de Mulheres Líderes sobre Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres no Desenvolvimento Sustentável, evento promovido pela ONU Mulheres como parte da programação da Rio+20, Dilma afirmou que as mulheres são a principal face da pobreza no mundo, mas são também, segundo ela, a principais aliadas para erradicá-la. A presidenta citou a experiência dos programas sociais brasileiros para defender o protagonismo das mulheres nas ações de erradicação da pobreza.

Dilma afirmou ainda que o governo brasileiro investe para garantir o pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

“No Brasil, estamos investindo para superar dificuldades e precariedades neste acesso aos serviços públicos de saúde, com pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos, inclusive o planejamento familiar, a gestação, o parto, o puerpério, com assistência de qualidade.”

Dilma comentou a ausência da referência aos direitos reprodutivos da mulher no rascunho final da Rio+20. De acordo com a presidenta, em um ambiente de relações multilaterais como o da Rio+20 nem sempre é possível fazer prevalecer sua opinião.

“Se nem todas as minhas posições ou nem todas as posições de cada um dos aqui presentes não estão é porque, quando se tem relações multilaterais, há que respeitar a diversidade. E a diversidade implica em recuar um pouco e avançar outro pouco”, disse.