Produção de móveis vem crescendo no Agreste alagoano
Seguindo uma tradição de meio século de atividade do setor moveleiro no município de Arapiraca, o Arranjo Produtivo Local Móveis do Agreste, mantido pelo governo de Alagoas, por meio da Secretaria do Planejamento e do Desenvolvimento (Seplande), em parceria com o Sebrae, investe na inserção de micros, pequenos e médios empresários em novos mercados, tirando-os da informalidade.
Como informa o coordenador do APL Móveis do Agreste, Gilson Melo, durante a primeira fase da implantação do Programa em Arapiraca entre os anos de 2004 e 2009, foram cadastradas 350 empresas entre microfábricas de fundo de quintal e de pequeno e médio portes. “De pequenas fabriquetas de fundo de quintal fora do padrão, hoje, essas empresas já trabalham com certo nível de tecnologia e já são consideradas indústrias”.
A proposta do plano de ações traçado estrategicamente dentro do Programa do APL Móveis do Agreste, segundo explica Gilson Melo, é tirar os micros e pequenos empresários da informalidade para conquistar novos mercado e desenvolver atividades para competir com o mercado nacional. “O foco do Programa na região é que se desenvolva um processo de produção com tecnologia avançada”, afirma o coordenador do APL de Móveis.
Inicialmente, durante a primeira etapa do plano de ação implantada em Arapiraca dos 100 empresários cadastrados, 88% ainda estavam na informalidade, contra apenas 12% que se mantinham na formalidade e com sua empresa devidamente cadastrada.
Conforme dados revelados pela coordenação do APL Móveis do Agreste, atualmente a pirâmide hoje está invertida e o quadro passa ser o seguinte: 80% das empresas já estão formalizadas, atingindo com isso novos mercados, enquanto que apenas 20% ainda insistem em permanecer dentro da informalidade.
Empregos
O setor moveleiro no território do APL do Agreste e que tem a cidade de Arapiraca como sede regional, gera dois mil empregos diretos e indiretos notadamente com a produção em série e sob medidas para as mais variadas classes sociais da região, de Maceió e de outros estados como Pernambuco, Sergipe e Bahia.
Além da geração de empregos, o setor moveleiro movimenta a economia local da região do Agreste e que atinge a cifra em torno de R$ 2,5 milhões, em negócios no comércio de madeira e derivados, tecido, vidro, acessórios para móveis, metais e espuma com a produção de móveis planejados em madeira, estofado, granito e metal.
“O sucesso das estratégias e os resultados que vêm sendo alcançados são frutos da estrutura mantida pelo governo de Alagoas, por meio da Seplande, e das parcerias com o Sebrae e prefeitura de Arapiraca”, confirma o coordenador do APL Móveis do Agreste, Gilson Melo. Segundo ele, com a realização das ações, o APL Móveis tem contribuído para a inclusão social dos profissionais e empreendedores de micro e pequenos negócios, além da geração de empregos e renda.
Governo investe em profissionalização
Gilson explicou ainda que o investimento de R$ 4,7 milhões que o Governo de Alagoas fez no Polo Moveleiro Nascimento Leão, no povoado Sítio Capim, às margens da rodovia AL-220, vai facilitar ainda mais a logística do escoamento dos produtos e fornecer uma estrutura mais adequada para as atividades moveleira.
Construído numa área cedida pela prefeitura de Arapiraca, o Polo Moveleiro dispõe de 48 lotes, cada um com 1.250 m², mantém uma infraestrutura básica com pavimentação, rede de abastecimento de água, sistema elétrico, rede de esgoto, pórtico, guarita, auditório, ciclovia, área de lazer com quadra poliesportiva, campo de futebol, salão de confraternização e showroom, que funciona como loja, onde os móveis produzidos no local ficam expostos para atrair consumidores.
“O Polo Moveleiro vai dispor ainda de um galpão coletivo para que marceneiros e outros trabalhadores que também fazem parte do setor moveleiro indiretamente tenham a oportunidade de impulsionar seus negócios”, informou Gilson Melo. Segundo ele, seu funcionamento está previsto para o mês de setembro e ficou acordado entre o governo de Alagoas, prefeitura de Arapiraca e o Sebrae que para se instalar no local as empresas devem estar legalizadas.
De acordo com o coordenador do APL Móveis do Agreste, Gilson Melo, o funcionamento do Polo Moveleiro vai possibilitar um incremento na economia da região e um crescimento dos negócios da ordem de 50%. “A perspectiva é levar 30 empresas a gerar ainda mais emprego e renda”.