Poucas pessoas compareceram à reunião para discutir o Projeto Parques Fluviais
A proposta de urbanização da prainha de Penedo parece não despertar interesse entre os moradores da cidade histórica. Poucas pessoas compareceram à reunião realizada na tarde desta terça-feira, 20, no auditório do Sebrae. Nem mesmo a colônia de pescadores situada no município ribeirinho enviou representante ao encontro, apesar de convidada, segundo o coordenador da área de meio ambiente da prefeitura, Maciel Oliveira.
Cerca de 20 pessoas (donos de barracas instaladas na prainha, moradores da Ilha do Jegue, imprensa e representantes da prefeitura de Penedo) acompanharam a exposição do arquiteto Marco Antônio Coelho, contratado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para elaborar a proposta relacionada ao Programa Parques Fluviais. Por equívoco, nós informamos anteriormente que o trabalho do arquiteto era pago pela prefeitura.
Marco Coelho acrescentou ainda que sua consultoria e dos demais colegas de trabalho contratados para a elaboração de projetos do mesmo programa em outros municípios brasileiros é financiada pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Como contrato entre a entidade que tem sede nos Estados Unidos e o governo federal termina em 12 de outubro, as propostas definitivas de todos os projetos do Programa Parques Fluviais devem ser entregues ao MMA antes dessa data.
Projeto tem proposta para quatro áreas de Penedo
Com a proximidade do fim do prazo, a comunidade penedense perdeu a oportunidade de conhecer e apresentar sugestões à proposta que ainda não tem sua versão definitiva. A segunda apresentação já trouxe um esboço das intervenções pensadas para quatro locais: a Lagoa do Catarrinnho (situada no bairro Santo Antônio), a Lagoa do Oiteiro, a Ilha do Jegue e a prainha, ponto prioritário e, por isso mesmo, com sugestões mais avançadas.
Seguindo determinação do MMA, que estabelece o máximo de 5% de área impermeabilizada (coberta com pavimento) para abrigar um parque fluvial, a prainha de Penedo seria reflorestada, com trilhas sinalizadas e substituição dos barracos de madeira por barracas desmontáveis. Os novos pontos de venda de comida e de bebida ficariam separados em duas áreas, uma delas com equipamento de som comum para todos os barraqueiros, situada próxima do palco de pequena dimensão para a realização de apresentações artísticas, e o outro setor destinado para servir como ambiente mais reservado.
Sugestões serão reavaliadas
Os barraqueiros questionaram a separação, ponto que será reavaliado, assim como a construção de um estacionamento no espaço situado próximo ao campo do Sinimbú. O local serve para receber o parque de diversões durante os festejos de Bom Jesus dos Navegantes, por isso o secretário municipal de Serviços Públicos e Obras, Mário Jorge Ataíde, sugeriu que o estacionamento seja transferido para mais adiante, próximo à rampa situada nas imediações da sede do Pólo Ufal Penedo, área atualmente sem nenhum tipo de uso.
A proposta de Marco Coelho para a recepção de banhistas com destino à prainha inclui ainda a instalação de um ponto de atendimento ao visitante e posto policial para monitorar a área com uso de câmeras instaladas em vários pontos do projeto de urbanização. A unidade também pode servir para abrigar salva-vidas ou militares do Corpo de Bombeiros. A definição sobre o projeto deve acontecer entre agosto e setembro, assim que o MMA fizer a análise do projeto e devolvê-lo ao arquiteto que retornará a Penedo para finalizar as discussões.