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Alagoas

Defesa Social garante segurança para juízes e promotores ameaçados

Paulo Rubim garantiu a segurança dos juízes e promotores

A Secretaria da Defesa Social já garantiu segurança pessoal para promotores e juízes que atuam no combate ao crime organizado no Estado. A medida foi adotada após a Polícia Federal, por meio do setor de Inteligência, obter informações sobre supostas ameaças de morte feitas por presos de Alagoas detidos na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.

“Ao recebermos informações da Polícia Federal sobre diálogos entre presos de Alagoas com supostas ameaças, colocamos imediatamente segurança pessoal feita por policiais civis e militares a cada um dos juízes da 17ª Vara Criminal, e dos promotores do Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado)”, afirmou o secretário Paulo Rubim durante coletiva de imprensa .

Ao lado do presidente da Associação Alagoana dos Magistrados (Almagis), juiz Maurílio Ferraz, o secretário disse que foi aberta uma investigação por parte das polícias Civil e Federal, juntamente com a 17ª Vara Criminal e do Gecoc, para apurar as supostas ameaças de morte, que incluiriam ainda um desembargador do Tribunal de Justiça.

Segundo Rubim, é natural a revolta de presos que são transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Em Alagoas, a maioria dos presos mandados para o Presídio Federal de Catanduvas foi por decisão dós órgãos colegiados.

“Todos nós estamos engajados nessa luta de combate ao crime organizado e, por isso, tivemos a preocupação de providenciar imediatamente a segurança para todos os integrantes da 17ª Vara e do Gecoc”, garantiu o secretário, acrescentando que nos informes da PF os presos não chegaram a citar nomes de juízes e promotores.

Na coletiva, Rubim voltou a ressaltar o trabalho desenvolvido pela 17ª Vara Criminal e do Gecoc no combate ao crime organizado. “Tanto é que em Alagoas conseguimos reduzir o número de assaltos a bancos e sequestros, desbaratando e prendendo quadrilhas, a partir de um trabalho conjunto da polícia com o Judiciário”, comentou.

Para o presidente da Almagis, Maurílio Ferraz, a ação do Estado, por meio da Defesa Social, foi imediata ao tomar conhecimento das supostas ameaças aos magistrados que atuam no combate ao crime organizado. “Houve uma reação proaativa do Governo, ao disponibilizar rapidamente segurança aos ameaçados”, disse.

De acordo com Ferraz, os juízes continuarão exercendo suas atividades normalmente, já que foram designados para um mandato de dois anos à frente da 17ª Vara.