Jorge Dantas alertou que municípios que tiverem 15% de inadimplência com Pronaf perderão acesso ao crédito
O índice de inadimplência do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e a melhor forma de sanar as dívidas dos agricultores em Alagoas foram discutidos, na manhã desta terça-feira (5), em reunião ordinária no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal).
O encontro foi o primeiro realizado este ano pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Cedafra) e contou com a participação das instituições financeiras, do poder público estadual, organizações e movimentos sociais, associações, federações, cooperativas e sindicatos.
Segundo o presidente do Cedafra e secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, a discussão é importante para o desenvolvimento agrário em Alagoas. “Temos 37 municípios que não podem mais aderir ao crédito do Pronaf. Por isso, queremos discutir com os bancos e os agricultores endividados uma melhor forma para quitar essas dividas, pois os municípios que tiverem 15% de inadimplência não terão mais o direito a esse crédito”, afirmou Jorge Dantas.
Ele informou que Alagoas tem um dos maiores índices de inadimplência de crédito do Pronaf no Brasil. De acordo com a regulamentação da lei 12.249/10, que trata da remissão e liquidação de dívidas rurais existentes em operações de crédito de agricultores familiares, centenas de agricultores voltaram a ter crédito bancário. Os agricultores familiares têm até o dia 30 de novembro de 2011 para aderir ao plano de refinanciamento e quitar as dívidas. Com isso, eles terão direito a novos créditos e financiamentos.
Posse
A posse dos novos conselheiros do Cedafra foi remarcada para a segunda-feira (18). Serão empossados 26 novos conselheiros e suplentes, sendo 13 da sociedade civil e 13 do poder público.
Segundo a secretária executiva do Cedafra, e superintendente de fortalecimento da agricultura familiar da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Inês Pacheco, a atuação dos conselheiros é fundamental para alavancar o crescimento da agricultura no Estado. “Eles são os intermediários para fazer avançar a agricultura em Alagoas. Os conselheiros são empossados através de decreto do governador e têm dois anos de mandato”, explicou Inês Pacheco.
