Sertanejos de 42 municípios alagoanos comemoram o avanço dos trabalhos no Canal do Sertão, que, desde a retomada dos trabalhos em 2007, já possui mais de 45 quilômetros concluídos. Direcionada para os pequenos produtores rurais de Alagoas, a obra vai possibilitar abastecimento de água para quem sofre anualmente com os flagelos decorrentes da seca.
De acordo com o superintendente de Projetos Especiais da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Ricardo Aragão, o projeto do Canal do Sertão alagoano foi desenvolvido a partir das reivindicações dos pequenos produtores rurais sertanejos. “Foi uma diretriz do governo estadual: o Canal tem que beneficiar o homem simples, o trabalhador que sofre ano após ano com a seca”, diz Aragão.
Segundo ele, todos os perímetros de irrigação foram replanejados considerando estas reivindicações. “No perímetro de Pariconha, por exemplo, triplicamos o número de pequenos produtores que serão atendidos. Em Delmiro Gouveia, esse número é quatro vezes maior do que o projeto elaborado por gestores passados. Lá, precisamos relocalizar o perímetro de irrigação para uma região de pequenos produtores, coisa que não existia”, explica o superintendente da Seinfra.
Com a água do canal, o governo estadual possibilita aos sertanejos atravessar os períodos críticos de seca sem perder suas produções rurais. Cerca de um milhão de alagoanos, de 42 municípios, serão atendidos com a obra em Alagoas, que, quando finalizada, se estenderá por 250 km.
Destes, 45km já estão concluídos, a ordem de serviço foi assinada para a construção até o km 64,7 e os contratos já foram assinados para a construção até o km 150. A obra, orçada em R$ 2,4 bilhões e executada com verbas dos governos federal e estadual, foi retomada em 2007, gerando mais de 900 empregos diretos para os trabalhadores locais.