O Herdeiro Real Dom João Orleans e Bragança veio, passou e seguiu seu caminho rumo ao Rio de Janeiro. O príncipe que refez a rota de Dom Pedro II, há 150 anos, encantou-se com as belezas do Velho Chico, com os casarios, igrejas e sobrados da histórica Penedo e principalmente com a conservação do prédio em que seu trisavô pernoitou na cidade ribeirinha.
Dom João viu também o assoreamento que sofre o rio, confundiu as cidades, trocando Piranhas por Traíras (talvez pelos que o rodearam durante algumas paradas), conheceu “a vida do povo ribeirinho”, saciou-se com verdadeiros ágapes que lhes foram oferecidos. Em alguns municípios, de forma isolada, mas, em outros com passe livre para toda ralé.
A passagem de Dom João pelas cidades que margeiam o Rio da Unidade Nacional, atraiu uma tonelada de jornalistas de todo o país. Profissionais que registraram todos os passos de Sua Alteza, que aqui em Alagoas, cumpriu a agenda elaborada pelo Projeto “Caminhos do Imperador”.
O governador Teotônio Vilela Filho que esteve no primeiro dia da viagem acompanhando o príncipe nas cidades de Piaçabuçu e Penedo, aproveitou para falar da estrada que ligará o último município banhando pelo São Francisco até a cidade de Piranhas, numa forma de oferecer aos turistas a oportunidade de fazer um novo percurso por terra, contemplando as belezas do Velho Chico.
Na manhã desta quarta-feira, dia 21, ouvi de um amigo a seguinte pergunta: “O que foi que o príncipe trouxe ou deixou para nós”? Até acho que ele trouxe e deixou sim algo para nós, mas… prefiro não comentar! O fato é que se os outros municípios banhados pelo Rio São Francisco recebessem a visita de Dom João de Orleans e Bragança e Penedo ficasse fora da rota eu tenho certeza que a pergunta seria a seguinte: “Por que ficamos fora da rota do príncipe”?
A vinda do herdeiro real fez Penedo aparecer nas páginas de cultura e turismo dos jornais, destacando o patrimônio e as belezas da cidade e isso já valeu a pena!
