Passados os dias do reinado de momo, agora talvez haja menos comentários em relação ao carnaval e aos esperados blocos: polêmicos, políticos, irreverentes, de cunho social, enfim, o período carnavalesco passou e agora é tempo de quaresma, reflexão, comunhão com Deus, mais prática e menos balela. Precisamos realmente de mais prática e isso conta em todas as áreas, setores e poderes.
Tive a oportunidade de acompanhar a estrutura montada pelas administrações de algumas cidades sergipanas, pernambucanas e alagoanas para os atendimentos de urgência durante o período carnavalesco. Ponto para alguns gestores e sinceramente, tomara que os eleitores, verdadeiros donos dos mandatos dos chefes dos executivos nos municípios, esvaziem as prateleiras dos óleos de peroba nos supermercados nos próximos pleitos, mas, não para usar e sim não deixar que velhas raposas façam uso do líquido e, esqueçam velhas promessas, mandando novos pedidos de votos.
Pernambuco tem o maior carnaval de rua do mundo, a estrutura é fantástica onde os governos federal, estadual e municipal somam esforços para continuar mantendo o Estado na rota internacional do turismo no período carnavalesco.
Em Alagoas não fui muito longe, apenas praias do litoral sul, onde uma verdadeira multidão promoviam a poluição da praia, do som, das estradas, enfim, conseguiam sujar bem mais do que os governos municipais conseguiam limpar. Mas, era muita gente, muita farofa, muito som com músicas de péssima qualidade, porém dançantes (Vou te comer, vou te comer… mexe o balaio, mexe o balaio… coca-cola espumante p. de jegue no c. do elefante… e por ai vai), mas, o que vale é dançar, brincar, curtir e sexo só com camisinha. Ao menos, esses são os conselhos dos governos que estampam faixas, outdoors, banners e distribuem milhões de panfletos e camisinhas. Pior é que muita gente ainda reclama porque recebeu camisinha! Eu mesmo disse a uma minha amiga que não se preocupasse agora, somente depois de novembro! Se recebe a tal camisinha reclama e se a borrachinha fura, também coloca a culpa no governo, oh povo que reclama!
Em Sergipe o investimento e os olhos de todos os políticos do estado se voltam para Neópolis, além de diversas empresas que buscam o carnaval para divulgar suas marcas e produtos. A cidade honra muito bem o título de “Capital Sergipana do Frevo”. Uma mega estrutura de segurança, atendimento de urgência, prevenção de acidentes, áreas de risco para os banhistas devidamente sinalizadas pelo corpo de bombeiros, enfim, para quem gosta de um carnaval com mela-mela, irreverência, agito e muito frevo o destino certo é Neópolis.
Em Penedo destaque para o bloco do prazer que foi resgatado neste carnaval. Só deixaria aqui uma pequena sugestão! No próximo ano, sugiro que troquem as camisetas por luvas para que possam suprir as necessidades dos postos de saúde, pois, na quinta-feira, após os festejos carnavalescos na cidade, alguns postos não puderam oferecer o serviço de citologia devido a ausência de luvas. Deve-se levar em consideração que os indicadores do referido serviço em 2009, ficaram muito atrás dos que são requeridos pelo Ministério da Saúde.
