Maringá – Matéria publicada neste sábado (7), no site do Comitê Olímpico Brasileiro – COB, destaca a aluna atleta alagoana Adriana Santos como exemplo de inclusão social por meio do esporte. Segundo a reportagem, o sorriso largo no rosto da jogadora esconde as dificuldades que enfrentou. A jovem de 16 anos, que hoje disputa as Olimpíadas Escolares, de 15 a 17 anos, em Maringá, superou muitos obstáculos para representar seu estado na maior competição escolar do país.
A reportagem revela ainda o perfil de Adriana relatando sua origem familiar. Como filha de pais separados, ela se refugiou na bebida e nas drogas para tentar compensar suas carências e a pobreza. Mas, o sonho de tornar-se jogadora de futebol profissional fez com que vencesse o preconceito e seguisse em frente. Hoje, Adriana é o destaque da equipe de futsal da Escola Batista Acioli, de Maragogi (AL).
“Entrei para o mundo das drogas e da bebida influenciada por pessoas ruins. Pensei em desistir de jogar futebol, desistir de tudo. Mas com o esporte superei essa fase e hoje sou vencedora”, contou Adriana na matéria, revelando-se fã da atacante brasileira Cristiane.
Natural de Maragogi, que fica a 110 km da capital Maceió, ela foi criada junto do irmão, hoje pescador e que enfrenta problemas com o álcool. Atualmente, mora com a avó e um primo, distante do pai, que trabalha como pedreiro em Fortaleza, e da mãe, empregada doméstica na periferia de Maragogi.
Tábua de salvação – Ela lembrou na matéria que o envolvimento com o esporte começou aos oito anos, quando uma prima a desafiou, dizendo que nunca conseguiria ‘jogar bola’. “Aquilo ficou na minha cabeça. A partir daquele dia, disse para mim mesmo que conseguiria. Comecei a treinar e a admirar olhar os outros jogarem e a treinar para ser uma jogadora de futebol”, revelou.
Atualmente, Adriana joga no clube Cesmac, de Maceió, time que disputa a Copa Brasil Feminina de Futebol. Em dia de jogos, o táxi é a alternativa para chegar ao destino. Pois não existe remuneração para as atletas.
Sonhos – Na reportagem, a jovem promessa dos campos e quadras disse que sonha em jogar no Santos Futebol Clube, de São Paulo, e afirmou acreditar que isso já está perto. Segundo ela, o crescimento pessoal está acima dos recursos financeiros que podem vir com o sucesso na carreira. “Não penso só em grana. Quero me desenvolver. O futebol serve para que eu possa crescer como pessoa. É isso que me atrai, e é assim que quero que seja”, afirmou.
Ela disse também que entre as metas que estipulou para breve, pretende concluir os estudos e formar-se em Educação Física. Depois, quer a consolidação na carreira esportiva e a participação nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Adriana finaliza a matéria dizendo que mesmo com a carreira no futebol, acredita que os estudos são mais importantes. “Primeiro vem a minha formação, depois penso em só jogar bola. Fiquei três anos sem estudar, mas voltei. Posso concluir com 50 anos, mas vou terminar meus estudos”, concluiu.