O Ministério Público Estadual de Alagoas é um dos parceiros do Ministério da Justiça na implantação do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD). O material de trabalho foi entregue nesta segunda-feira, em Brasília, e vai beneficiar mais cinco estados do Nordeste. O promotor de Justiça Cláudio Brandão Sá participou da solenidade ao lado do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, e assistiu a uma vídeo-conferência com o ministro Luiz Paulo Teles Barreto.
O valor do novo projeto é de R$ 2.8 mil, sendo R$ 2.1 mil liberados via Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A entrega do equipamento estava prevista no Termo de Cooperação firmado entre a Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) e os MP’s da Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte – durante a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) para 2010, no final do ano passado, em Salvador (BA). O convênio foi assinado pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares.
A sede do novo LAB-LD – a capital baiana – foi definida por consenso entre os MPs da Região beneficiada. Hoje são 12 o número de laboratórios conveniados no país: 2 em Minas Gerais; 2 no Rio de Janeiro; 2 em São Paulo, 2 na Bahia; 1 em Goiás; 1 no Rio grande do Sul; e 2 no DF (sendo 1 na sede da Polícia Federal).
O LAB-LD, é pioneiro no mundo, capaz de analisar grandes volumes de informações e tornar mais ágil e eficiente o combate à lavagem de dinheiro e à corrupção. Atualmente, esse tipo de ação envolve muito tempo de pesquisa e gera inúmeros documentos e material de estudos.
A atividade de um LAB-LD é realizada por meio de um conjunto de hardwares e softwares de última geração. Funciona a partir do cruzamento de informações obtidas por investigações fornecidas por fontes parceiras, como polícias, bancos e os próprios ministérios públicos.
O trabalho permite a localização de organizações criminosas em tempo recorde. O LAB-LD foi decisivo, por exemplo, na condenação de integrantes do PCC em São Paulo, com o rastreamento de depósitos bancários feitos por mulheres ligadas aos bandidos. O laboratório também foi essencial na Operação Aquarela, no DF, e para desmantelar um esquema de fraudes em licitações para a Copa de 2014, no Rio de janeiro.
