A fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, que morreu durante o terremoto do Haiti, foi homenageada hoje (23) com a apresentação de um vídeo na abertura da 33ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que está sendo realizada no Itamaraty em Brasília.
Zilda Arns foi conselheira do CDES desde a sua implantação em 2003 e muito antes já trabalhava para reduzir a mortalidade infantil no país.
O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, lembrou que
estava reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao receber a notícia da morte de Zilda Arns, segundo ele, a mulher que ficou até o fim da vida cuidando do povo.
“Trabalhei muito com os povos indígenas e tinha a Pastoral da Criança como uma parceira fundamental. Não só a pastoral, mas a figura da doutora Zilda como mobilizadora e que trazia o tema para o debate no Ministério da Saúde ao longo dos anos 90”, disse Padilha.
Dom Demétrio, que também participa do conselho, disse que a morte de Zilda Arns nas circunstâncias em que se deu acabou por redefinir a moldura adequada para “ressaltar a grandeza de propósito, a lucidez de visão que caracterizaram toda a vida dessa excepcional mulher”.l
A reunião do CDES pretende elaborar um documento baseados em novos fatores da conjuntura nacional e internacional. O tema é “Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento”.
De acordo com informações divulgadas pelo CDES, com o mercado interno aquecido, a geração de empregos em alta, a existência de uma nova classe média, entre outros fatores, e o Produto Interno Bruto (PIB) em “acentuado ritmo de expansão existe um consenso entre os conselheiros de que muita coisa mudou no país. Com isso, é necessário que o CDES apresente ao governo federal propostas para manter o padrão de
desenvolvimento “que alia crescimento econômico, distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno”.
Em discurso, o ministro Alexandre Padilha, lembrou da trajetória econômica e política
do país nos últimos anos e disse que muita gente teve que ser derrotada eleitoralmente para inserir a inflação no centro da discussão.
“Para todo mundo assumir o combate à inflação como algo central do país, muita gente teve que ser derrotada eleitoralmente”.
Sobre as medidas adotadas durante a crise pelo governo, o ministro foi enfático e afirmou ainda que para muita gente assumir que o Estado é importante teve que quase quebrar durante a crise.