Há cinco anos a professora Giselda Nunes luta contra patologias sanguíneas e necessita de transplante de medula óssea
Se cada um de nós fizéssemos a nossa parte, tudo poderia ser diferente. Não importando o gesto, mas sim, o que ele representa, a sua grandeza. Doar sangue e, ou medula óssea é um gesto grandioso, que pode salvar várias vidas. Se você pensa no próximo, acontece em Penedo durante os dias 16, 17 e 18 deste mês, uma campanha para doação de medula óssea, com coleta no banco de sangue na Secretaria de Saúde de Penedo.
Ação tem por objetivo ampliar a rede de Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e também, salvar à vida da professora penedense da rede estadual de ensino, Giselda Nunes Costa, que luta contra duas patologias sanguíneas, que a fez necessitar de um transplante medula óssea. A ação é uma parceria entre o Instituto Nacional do Câncer (Incar), Hemocentro de Alagoas, (Hemoal) e Secretaria de Saúde de Penedo.
A professora luta contra duas patologias há cerca de cinco anos, a Mielofibrose, uma alteração da medula que afeta a produção de células sanguíneas. É uma doença crônica que ocasiona o aumento na produção de tecido fibroso na medula óssea, o que impede a produção de outras células, provocando anemia e outros sintomas como cansaço, fraqueza, perda de peso e aumento do volume do baço e do fígado.
E a Talassemia, uma anemia crônica, de origem genética, ou seja, passada dos pais para os filhos. Não é transmitida pelo sangue, ar, água, contato físico ou sexual e não é causada por deficiência na alimentação. E durante o tratamento, ao receber de transfusão de sangue, adquiriu outra patologia sanguínea, a Anemia Hemolítica autoimune.
Para continuar lutando pela vida, Giselda Nunes Costa precisa encontrar um doador compatível. “O transplante de medula óssea é a esperança para os portadores de patologias hematológicas. A compatibilidade entre irmãos pode chegar a 25% e, para os não familiares, pode chegar a uma em cem mil pessoas”, explicou a professora, que devido o tratamento, teve que deixar a sala de aula.
A professora Giselda descobriu a doença há cerca de cinco anos e, desde então, vem passando por tratamento que inclui transfusões, além do uso de medicamentos, que incluiu a quimioterapia oral.
Medula óssea
É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue, hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.
Como se tornar um doador
– Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.
– Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
– Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
– Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.
– Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.
– Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.
