A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) confirmou para o dia 10 de abril o início da operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A direção da companhia estabeleceu que o VLT circulará em horários pré-determinados, até o dia 30 do próximo mês, sem nenhum custo para o usuário. A iniciativa visa criar o ambiente de confiabilidade e de conforto para a população que utiliza diariamente o meio de transporte ferroviário de passageiros.
A partir de amanhã (30), a CBTU inicia os testes e ensaios finais para que o novo meio de transporte entre definitivamente em operação. A primeira viagem está marcada para as 8h30, quando técnicos da CBTU e da empresa Bom Sinal, fabricante do primeiro VLT no Brasil, irão proceder os testes de aceleração e frenagem, além de aferir a estabilidade do equipamento.
Os testes, que acontecem durante mais uma semana (a partir desta quarta-feira), servirão para avaliar a instalação de equipamentos eletrônicos e aferir a eficácia de todos os procedimentos operacionais. Esses procedimentos serão realizados diariamente no trecho compreendido entre as estações Central de Maceió e Utinga, correspondendo a toda área em operação da CBTU e, tão logo seja liberado o trecho, a empresa realizará a viagem experimental.
No final do ano passado, o VLT já havia realizado seu primeiro teste, num percurso entre a Estação Central e a de Bebedouro. A previsão é de que, até dezembro deste ano, todas as oito composições estejam funcionando. Cada uma delas terá três carros, com capacidade para transportar 562 passageiros.
De acordo com o superintendente da CBTU, Elionaldo Magalhães, o projeto do VLT custou R$ 171 milhões, dos quais R$ 71 milhões vieram de emendas ao orçamento da União, por meio do então deputado federal e hoje senador Benedito de Lira, e R$ 100 milhões da CBTU. No começo, segundo Elionaldo, o preço da passagem será o mesmo cobrado atualmente para as viagens de trem, mas será ajustada até uma média de 80% do valor da passagem de ônibus.
Para a instalação do VLT, cerca de 160 comerciantes que estavam instalados ao longo dos trilhos da ferrovia que corta a região do Mercado, na chamada Feira do Passarinho, foram removidos pela Prefeitura de Maceió.