A Vigilância Sanitária de Maceió (Visa Maceió) intensificou a fiscalização em farmácias e drogarias localizadas no bairro do Vergel do Lago, em função de denúncias sobre a venda de medicamentos de uso controlado, sem receita médica. A ação foi reforçada naquela área a partir da constatação, pela Secretaria Municipal de Saúde, do furto de medicamentos ocorrido na Unidade de Saúde Roland Simon, no início deste mês. Parte desses remédios foi encontrada pela população num contêiner de lixo nas proximidades da unidade municipal de saúde.
“A fiscalização já é feita de forma rotineira em toda a cidade, mas vem sendo intensificada nessa região por conta de denúncias que apontam estabelecimentos da área como possíveis receptadores dos produtos furtados da unidade”, afirmou a coordenadora da Inspetoria de Medicamentos e Cosméticos da Visa Maceió, Paula Lacerda.
Em dois dias de operação, a equipe da Visa já inspecionou seis farmácias localizadas na região. Dois estabelecimentos foram fechados e interditados, mas porque não tinham alvará de funcionamento. Em uma dessas farmácias, uma equipe de emissora de TV local havia comprado, no dia anterior, medicamentos controlados sem receita, trazidos por um funcionário da farmácia de outro local onde estava armazenado. Como nenhum desses medicamentos foi encontrado durante a inspeção no local, os itens comprados pela equipe de reportagem e entregues à Visa Municipal como comprovação foram encaminhados à Polícia Civil, a quem caberá proceder a investigação e tomar as medidas cabíveis ao caso.
Nesta quinta-feira (19), outra farmácia teve produtos apreendidos e recebeu auto de infração e multa, por manter medicamentos de embalagem hospitalar e venda controlada no estabelecimento, em meio aos demais produtos.
De acordo com Paula Lacerda, situações como essas demandam uma maior dificuldade para serem detectadas, especialmente por não contarem com a parceria da população para denunciar a irregularidade. “Quem tem conhecimento sobre isso, normalmente faz uso desse expediente para atender aos interesses pessoais. Por isso, mesmo sabendo que estão agindo de forma ilegal, comprando os medicamentos sem receita, não têm interesse em acabar com essa irregularidade”, finaliza.