A Vigilância Sanitária de Maceió (Visa) participou nesta segunda-feira (27), no Serviço Social do Comércio (Sesc Poço), do I Seminário de Gestão destinado ao seguimento de beleza de Alagoas. Na ocasião, Isabelle Vieira, fiscal da Visa, apresentou uma palestra sobre biossegurança nos serviços de beleza, enfatizando as normas sanitárias que os estabelecimentos devem seguir.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preconiza que os serviços de salão de beleza, cabeleireiro, barbeiro e afins devem apresentar-se limpo e organizado, possuir local próprio para lavagem de materiais, utilizar toalhas limpas e de uso individual e adquirir somente produtos com registro na Anvisa.
De acordo com Isabelle Vieira, os salões também precisam possuir o alvará sanitário, documento de porte obrigatório, renovável anualmente, que deve permanecer exposto no estabelecimento. “O alvará é expedido mediante inspeção sanitária, onde serão observadas medidas de biossegurança, condições higiênico-sanitárias e documentação”, afirmou.
A esterilização dos materiais utilizados para fazer as unhas foi um dos temas destacados pela fiscal da Visa. “A lavagem e esterilização dos materiais devem ser rigorosas para prevenir a transmissão de doenças, a exemplo da hepatite B. Autoclave e estufa são os únicos equipamentos permitidos pela Anvisa para a esterilização, sendo a autoclave a mais recomendada por apresentar maior segura e economia”, explicou.
Segundo Isabelle Vieira, os fornos elétricos ou equipamentos com lâmpada ultravioleta não esterilizam os materiais de metal. “Caso o proprietário de salão opte pela estufa, ele deve adquirir também um termômetro externo para acoplar ao equipamento. Já foi comprovado que o termômetro da estufa não é seguro”, expôs.
Ariel Fernandes – presidente do Sindicato das Empresas de Beleza do Estado de Alagoas (Sindibeleza/AL), entidade promotora do evento – parabenizou o trabalho da Vigilância Sanitária de Maceió e salientou o caráter educativo do órgão.
“Há alguns anos, a Vigilância era muito autoritária, com punições rigorosas que muitas vezes fechavam os salões de beleza. Hoje, já observamos uma mudança de comportamento dos fiscais, que primeiro nos orienta, dar prazo para as adequações e depois retornam para nos cobrar”, salientou.
Outras recomendações apresentadas foram a lavagem das mãos após o atendimento de cada cliente; proibição de adicionar formol a qualquer produto; manter os profissionais vacinados contra o tétano e hepatite B; uso de uma toalha para cada procedimento, independente de ser a mesma cliente e abertura da embalagem dos alicates, espátulas e outros instrumentos de metal na frente do cliente.
