“Para saber como a população vive, deve-se observar com ela morre”. A afirmação foi da superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Sandra Canuto, nesta quinta-feira (13), durante a segunda Oficina de Vigilância de Óbitos Materno, Infantil, Fetal e com Causa Mal Definida.
A observação da superintendente tem como foco sensibilizar coordenadores de vigilância epidemiológica e de atenção básica dos municípios para reforçar a necessidade de melhorar a vigilância de óbitos.
“Os técnicos dessas áreas precisam trabalhar em sintonia, porque é a vigilância epidemiológica que subsidia a assistência. Se tivermos a capacidade de nos indignar com o perfil da mortalidade infantil em Alagoas, poderemos traçar estratégias de ação para melhorarmos os indicadores de saúde”, disse, acrescentando que a vigilância da mortalidade infantil e fetal é uma das prioridades do Ministério da Saúde (MS).
O médico pediatra e pesquisador do Instituto Materno e Infantil de Pernambuco (IMIP), Paulo Frias, explicou que entre as propostas da vigilância de óbitos estão a identificação das circunstâncias das ocorrências e o incentivo ao diálogo entre os profissionais das redes de serviço de saúde.
“Médicos, enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários de saúde têm a mesma importância na busca das causas da mortalidade infantil; todos são responsáveis por esse processo, porque a partir dos relatos e das notificações é possível adotar medidas para a prevenção das mortes”, disse.
A capacitação prossegue até amanhã (14), no Village Barra Hotel, na Barra de São Miguel. Participam da oficina, os municípios de Barra de Santo Antônio, Messias, Paripueira, Pilar, Santa Luzia do Norte, Satuba, Jacuípe, Japaratinga, Maragogi, Matriz de Camaragibe, Passo de Camaragibe, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres, Cajueiro, Capela, Chã Preta, Paulo Jacinto e Pindoba.