Trabalhadores da Paisa – indústria de açúcar e álcool que pertence ao Grupo Toledo, situada em Penedo – realizam um protesto desde as quatro horas da madrugada desta quarta-feira, 16. Cerca de mil homens permanecem na área de estacionamento da empresa, impedindo a entrada e saída de veículos, manifestação que só deverá ser encerrada com a presença de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), segundo os trabalhadores.
Os cortadores de cana alegam que irão completar três anos sem receber o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e que não tem mais direito ao seguro desemprego por conta do “contrato safrista”, que relaciona pagamento ao período do corte da cana de açúcar. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Penedo, Lindalva Francisca Gonçalves, disse que a empresa corrigiu o salário dos trabalhadores, conforme negociação recente com o Sindaçúcar, entidade que representa as empresa do setor sucroalcooleiro em Alagoas.
“O que eles dizem que a correção foi anotada, mas os trabalhadores perdem esse ganho na produção, por isso o pagamento não está sendo efetuado”, disse a líder sindical sobre a correção salarial válida desde 1º de novembro que não está chegando ao bolso do cortador de cana. Sobre a justificativa apresentada, os cortadores de cana contestam e garantem que estão dispostos a manter o protesto, impedindo a saída e entrada de carros no pátio da garagem da Paisa, manifestação inovadora e que não atinge o tráfego de veículos na ruas adjacentes.