
Mais de 20 crianças foram baleadas por um homem que entrou atirando nesta quinta-feira (7) em uma sala de aula na Escola Municipal Tarso da Silveira, na Rua General Bernardino, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Na fuga, o atirador se deparou com policiais militares que participavam de uma blitz na rua e houve troca de tiros. Ele foi baleado no abdomen e acabou se suicidando. As crianças feridas foram levadas para o Hospital Estadual Albert Scweitzer, em Realengo.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, onze crianças e o atirador morreram. Esse número pode subir.
A direção da unidade de ensino informou que o homem se passou por um palestrante para entrar na escola. Com o barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos.
Carta
O atirador da escola municipal de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, disse na carta que levou consigo para cometer o atentado que era um homem puro e que não deixaria que pessoas impuras tocassem nele. A polícia investiga se as referências feitas na carta a “pessoas impuras” seriam referência a mulheres, já que dez das vítimas fatais do massacre eram meninas.
Na carta, Wellington Menezes de Oliveira diz ser um homem puro e que sabia que não sairia vivo da escola. Ele levou um lençol branco no qual pediu para ser carregado. No texto, ele diz que não deixaria que pessoas impuras tocassem nele. Wellington pede na carta para ser enterrado junto de sua mãe adotiva, morta há um ano, e que morava a três quadras da escola onde ocorreu o massacre.
Vídeo
Vídeos amadores feitos por vizinhos da escola municipal Tasso da Silveira, na zona oeste do Rio, registraram o terror das vítimas minutos após a tragédia, na manhã desta quinta-feira.
É possível ver a movimentação na frente do colégio instantes após os disparos que mataram ao menos 12 alunos. Grito de crianças, choro e sons de sirenes foram flagrados por um cinegrafista amador. O vídeo mostra a reação de curiosos ao se aproximarem do portal principal, de onde, assustados, os primeiros estudantes deixavam o local aos gritos em direção à rua – alguns deles, em choque e já com sangue nos uniforme e pelo corpo.
*Atualizado às 00:07