Atualmente em Alagoas são registrados 71 homicídios para cada 100 mil habitantes
A violência que assola a “Terra dos Marechais” chamou mais uma vez a atenção da mídia nacional. Após Alagoas receber o título de estado mais violento do país, a equipe do noticiário Bom dia Brasil, exibido todas as manhãs pela Rede Globo de Televisão, desembarcou aqui para conferir de perto a situação desse recanto nacional recordista em assassinatos.
Para a equipe do jornal, o estudo realizado em Alagoas apresentou um saldo muito triste, onde o descaso do poder público misturado com a impunidade tomam conta da situação, contribuindo assim, mesmo que indiretamente, para que os índices de violência cresçam cada dia mais.
Para se inteirar da real situação vivida em Alagoas, os jornalistas decidiram acompanhar a rotina da polícia que ao início de cada novo final de semana se prepara para viver dias de muito trabalho, devido às várias ocorrências que não escolhem dia e nem hora para acontecer.
Mapa da Violência
A revelação de que Alagoas é o estado mais violento do país veio à tona após a divulgação do Mapa da Violência, estudo realizado pelo Ministério da Justiça em parceria com o Instituto Sangari e que apontou que atualmente em Alagoas são registrados 60 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Um dos problemas encontrados pela reportagem foi a escassa quantidade de peritos em Alagoas. Mesmo a Associação Brasileira de Criminalística recomendando que para cada cinco mil habitantes haja um perito, em Alagoas existem apenas 40, onde o ideal seriam 600 peritos.
Estrutura precária do Instituto de Criminalística
Outra defasagem é facilmente perceptível na parte estrutural do Instituto de Criminalística de Maceió, que atualmente funciona de forma precária, sem laboratórios de toxicologia, química e biologia, o que dificulta uma maior precisão da análise feita em material probatório recolhido pela polícia.
Além da falta de profissionais e de sérios problemas no prédio do Instituto de Criminalística de Maceió, outra questão triste e que chega a enojar é a falta de higiene no Instituto Médico Legal da capital. Segundo os jornalistas, o estudo mostrou que falta até espaço para armazenar os corpos. “Quando não tem, a gente manda enterrar e depois desenterra. Não tem como ficar aqui”, declarou um médico legista.
Para o secretário de Defesa Social de Alagoas, Dário Cesar, os problemas existem como em qualquer outro órgão, mas o importante é que medidas estão sendo tomadas para que essa situação seja solucionada.
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