Dirigente disse que nunca viu uma situação igual a do Rio de Janeiro
O vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, se manifestou de forma dura nesta terça-feira para criticar a preparação do Rio para a Olimpíada de 2016. O dirigente australiano qualificou a mesma como “a pior” que já viu para uma edição dos Jogos, mas assegurou que não há um “plano B” ao assegurar que a grande competição, de fato, acontecerá na capital fluminense.
No último dia 10, o COI anunciou uma verdadeira intervenção na preparação do Rio para poder assumir parte significativa do comando das obras do evento, com a contratação até mesmo de uma consultoria independente que irá avaliar diariamente o andamento dos trabalhos. A decisão ocorreu depois que o presidente da entidade, Tomas Bach, passou a ser pressionado por federações esportivas que denunciaram atrasos preocupantes.
E, nesta terça-feira, durante fórum realizado em Sydney, na Austrália, Coates afirmou que o COI foi obrigado a promover medidas “sem precedentes” junto ao Comitê Rio 2016 para que as obras sejam concluídas dentro dos prazos estabelecidos. Ele enfatizou que a entidade precisou criar uma força-tarefa especial porque “a situação era crítica” na preparação para a Olimpíada.
“O COI adotou uma postura de ''mãos na massa'', o que é sem precedentes (na história da entidade), mas não há plano B. Nós estamos indo para o Rio”, afirmou o dirigente, que depois acrescentou: “Nós temos ficado muito preocupados, eles (organizadores dos Jogos) não estão prontos de muitas formas. Temos de fazer isso (o evento) acontecer e essa é a abordagem do COI, você não pode fugir disso”.
