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Esporte

Vexame: Em Aracaju, Botafogo perde para um outro River Plate

Botafogo não superou o River e foi surpreendido pelo time sergipano

É verdade. Nem mesmo o mais otimista torcedor do River Plate-SE acreditava em uma vitória de seu time contra o Botafogo nesta quarta-feira. Pois é… Como há coisas que só acontecem com o Botafogo. Mais uma ocorreu em Aracaju. O Alvinegro conseguiu perder para a humilde equipe sergipana, em um jogo que teve uma fraca atuação, decepcionando os torcedores que lotaram o estádio para ver Loco Abreu e cia.

Botafogo começa com três volantes

Apesar de dar indícios de que começaria com o apoiador Everton, o técnico Joel Santana, manteve a formação que iniciou no último jogo do Alvinegro pelo Campeionato Estadual, contra o Flamengo. A única mudança foi a entrada de Bruno, que estava suspenso no último confronto, no lugar de Arévalo Ríos, lesionado na coxa esquerda. Além disso, Herrera passou a ser o capitão da equipe no lugar de Loco Abreu. E o Botafogo começou bem. O argentino Herrera cruzou para Loco Abreu, que chegou atrasado para finalização. Logo depois, foi a vez de Alessandro alçar a bola para o uruguaio, que com categoria, dominou no peito e mandou uma bomba de pé esquerdo. No entanto, a bola foi em cima do goleiro Max, que fez boa defesa.

O Glorioso passou a tocar a bola no meio, mas sem muita objetividade. Somália e Bruno tentavam ajudar o ataque, já que Renato Cajá estava sumido do jogo. Herrera mostrava a pegada de sempre, mas errava quase todas as jogadas. De bom, o atacante Loco Abreu, que buscava fazer tabelas e se movimentava o tempo inteiro. Aos 31 minutos, El Loco deixou Bruno cara a cara com o goleiro, mas o juiz Marielson Alves, deu erroneamente o impedimento. O camisa 13 do Fogão ainda deixaria Somália em boa posição pela direita, mas o curinga de Joel Santana errou o cruzamento. O River Plate-SE permaneceu durante toda a primeira etapa fechadinho, abdicando dos contra-ataques e parecia estar conseguindo o que queria. O empate em 0 a 0.

Atuação desastrosa e derrota histórica

No segundo tempo, Joel Santana tratou de colocar seu time mais à frente. Everton entrou no lugar de um discreto Marcio Azevedo. Todavia, foi a equipe sergipana que quase marcou. Bibi teve grande chance, cara a cara com Jefferson, que salvou o Bota. Um pouco depois, Márcio Rosário quase entregou o ouro para o ataque do River, mas acabou se recuperando no mesmo lance, evitando pior. O Botafogo parecia não se encontrar na partida. Muito por conta da atuação apática de Renato Cajá, que não manteve as boas atuações de outrora. Na frente, Herrera continuava tentando, mas prosseguia errando, além de estar excessivamente nervoso. Mesmo com o cartão amarelo, o argentino reclamava muito com a arbitragem, que não o expulsou porque não quis, talvez por ser o capitão do time.

Aos 20 minutos Caio entraria no lugar do inoperante Cajá. O Talismã deu mais velocidade a seu time que ficava com três atacantes. Contudo, o Alvinegro permanecia errando passes e dependia do esforço de jogadores mais limitados, como o volante Somália, que não conseguia acertar, apesar de ser um dos mais empenhados. Pelo outro lado, o River chegou duas vezes. O atacante Fábio Júnior, que acabara de entrar acertou bom chute, de fora da área, que assustou o goleiro Jefferson. Logo após, fo ia vez de Bibi, arriscar de perna esquerda. Entretanto, essa não levou tanto perigo e saiu à direita do gol alvinegro.

Desorganizado, o Botafogo passou a tentar outras alternativas. Alessandro arriscou de fora da área, mas muito mal. Everton errou enfiada de bola para Caio. A torcida sergipana vendo o atuação ruim do Botafogo, começou a gritar olé. E quando parecia que o cenário era ruim… Ele piorou. Bebeto Oliveira recebeu cruzamento da esquerda de Pedrinho e com categoria, bateu de perna direita, no contrapé de Jefferson. Incrivelmente, o torcedor que foi ao Batistão para ver Loco Abreu, acabou vendo Bebeto Oliveira.

– Entrei determinado e sabia que se tivesse uma oportunidade nao iria desperdiçar. A equipe está de parabéns. Temos que respeitar o Botafogo, mas vamos para o Rio com a vantagem – vibrou o autor do gol da partida, Bebeto Oliveira.

O River comemora a maior vitória de sua história enquanto o Glorioso contabiliza mais um vexame.

FICHA TÉCNICA:

RIVER PLATE (SE) 1 X 0 BOTAFOGO

Estádio: Batistão, em Aracaju (SE)
Data/hora: 23/2/2005 – 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Marielson Alves Silva (BA)
Auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA)
Cartões Amarelos: Somália, Antônio Carlos, Herrera, Márcio Rosário (BOT); Bibi, Bruno Ramos (RIV)
Cartões Vermelhos:
Gols: Bebeto Oliveira (41'/2°T)

RIVER PLATE (SE): Max, Bebeto, Váldson e Walace; Glauber, Bruno Ramos, Eder, Fernando Pilar e Pedrinho; Bebeto Oliveira e Bibi. Técnico: Ailton Silva.

BOTAFOGO: Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Márcio Rosário e Marcio Azevedo; Rodrigo Mancha, Somália, Bruno e Renato Cajá; Herrera e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.