Mesmo com a vitória, Vettel tem remotas chances
O alemão Sebastian Vettel conquistou de ponta a ponta na madrugada deste domingo a vitória no GP do Japão de Fórmula 1. Esta é a terceira corrida vencida pelo jovem piloto da Red Bull nesta temporada (a quarta na carreira), mantendo vivas as esperanças de conquistar o Mundial.
O brasileiro Rubens Barrichello, da Brawn, acabou em sétimo, só uma posição à frente de seu companheiro de equipe, o inglês Jenson Button. Com isso, o campeonato fica ainda mais nas mãos de Button e pode acabar dentro de duas semanas, no GP do Brasil, em Interlagos.
O inglês soma 85 pontos no Mundial, contra 71 de Barrichello e 69 de Vettel. Para ser campeão sem depender de qualquer outro resultado, basta a Button terminar em terceiro lugar em São Paulo. Barrichello precisa fazer pelo menos cinco pontos a mais do que o rival, enquanto Vettel precisa de sete pontos a mais do que Button para levar a disputa para a última prova, nos Emirados Árabes Unidos.
Completando o pódio em Suzuka, terminaram o italiano Jarno Trulli, da Toyota, e o inglês Lewis Hamilton, da McLaren. O finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, foi o quarto.
A corrida
Afastada das vitórias há cinco corridas, a Red Bull voltou a comemorar por meio de Sebastian Vettel. Após emendar grande sequência de seis pódios em três corridas disputadas entre junho e julho, a Red Bull entrou em uma fase ruim a partir da etapa da Alemanha. Depois do triunfo de Mark Webber em Hockenheim, o time figurou no top três em apenas mais duas etapas, afastando-se da disputa pelos Mundiais de Pilotos e Construtores.
A recuperação vem no momento decisivo do campeonato e a Red Bull dá mostras de que pode chegar a vitórias em Interlagos e Abu Dhabi, complicando o título que parece certo de Button.
Líder do Mundial, o piloto da Brawn não conseguiu ser campeão já em Suzuka, mas tem muitos motivos para comemorar em se considerando que largou quatro posições atrás de Barrichello e terminou imediatamente depois.
Mais lento que o parceiro durante a maior parte da etapa, o brasileiro só ameaçou roubar o quinto lugar de Kimi Raikkonen na largada. Após preferir não se arriscar naquele momento, não teve mais chances de melhorar e ainda viu de perto a evolução de Button. Ele começou em décimo e chegou a ser ultrapassado por Robert Kubica, mas deu o troco logo na terceira volta. O grande momento da corrida para o britânico, de qualquer forma, viria dez giros depois, quando Heikki Kovalainen e Adrian Sutil se tocaram e lhe cederam dois lugares praticamente de graça.
Além de Vettel, que só não teve um fim de prova totalmente tranquilo porque Jaime Alguersuari bateu fortemente na 45ª volta e provocou a entrada do Safety Car, o outro grande destaque no Japão foi Jarno Trulli.
Ainda que tenha perdido a segunda posição na largada para Lewis Hamilton, o italiano se manteve no ritmo do oponente durante todo o grande prêmio e colheu os frutos depois da segunda rodada de paradas, quando ultrapassou o inglês e assegurou o sexto pódio da Toyota em 2009, o segundo seguido – o alemão Timo Glock, que não pôde correr porque lesionou a perna no treino classificatório de sábado, havia chegado em segundo em Cingapura.
À frente de Barrichello e Button, ainda apareceram Kimi Raikkonen, Nico Rosberg e Nick Heidfeld. Na comparação com a ordem da partida, o alemão da BMW foi quem se deu pior, pois havia começado em quarto e acabou finalizando sua exibição em sexto, superado por ambos os adversários.
Rosberg foi beneficiado pela entrada do Safety Car a oito voltas do final. Ele pôde fazer sua parada nos boxes e voltar em quinto – normalmente teria voltado atrás dos dois carros da Brawn.
Agora, as escuderias e os pilotos da Fórmula 1 se reencontram em 18 de outubro no GP do Brasil. Em Interlagos, o campeão mundial pode ser proclamado pelo quarto ano consecutivo. Entre os Construtores, basta à equipe Brawn pontuar para ficar com o título.