Mesa Diretora da CMP pediu cópia do programa de rádio
A tentativa de denegrir a imagem da Câmara Municipal de Penedo durante programa de rádio de emissora local foi rechaçada na primeira sessão ordinária da CMP neste mês de abril. Para a tomada das devidas providências quanto às supostas acusações, os parlamentares e a Presidência da Casa Legislativa solicitaram cópia do programa Realidade, transmitido pelo Grande Rio FM.
Para o autor do pedido da gravação do referido programa, o vereador Marival Oliveira, o Sargento Marival (PMDB), houve falta de respeito para com os edis e a Câmara Municipal de Penedo nas declarações de um ouvinte, o suplente de vereador conhecido como Jorge Pato Broco. “Muitos tentam e poucos conseguem estar aqui (na CMP) e não é denegrindo a imagem de ninguém em programa de rádio que se consegue chegar onde nós estamos”, afirmou o parlamentar.
Sargento Marival frisou que os dez edis penedenses foram colocados na Câmara pelo povo e obteve apoio no plenário durante seu pronunciamento. “O ônus da prova é de quem acusa, e não do acusado”, ressaltou o vereador Raimundo Jorge Rosário Souza, o Dr. Raimundo (DEM). O médico que está em seu primeiro mandato – e não o segundo, conforme divulgado por equívoco pela assessoria da CMP – desafiou o autor das ofensas a declarar nomes.
“Quem ele quer agredir?”
“Quem é homem diz textualmente, dá nome aos bois. Quem ele quer agredir?”, questionou Dr. Raimundo. Caso se confirme o suposto ataque, o que será apurado com a cópia da gravação do programa, as medidas necessárias serão tomadas, decisão apoiada por Manoel Messias Lima, o Messias da Filó (PDT).
Deixando a Presidência da Câmara para se pronunciar na tribuna, conforme determina o regimento interno da Casa Legislativa, Messias da Filó disse que é preciso ter “senso de equilíbrio e conhecimento de causa para entrar em detalhes na vida de quem quer que seja, seja no aspecto particular ou público”, análise que resume a falta de bom senso dos que falam mal dos vereadores, apesar de sabedores do trabalho parlamentar em benefício da população.
O Sargento Marival também chamou a atenção para a falta de respeito por parte do radialista João Lucas, âncora do programa Realidade, citando comentário do profissional da comunicação sobre a coordenadora do Espaço Cidadão, Cláudia Valéria, esposa do parlamentar.
Para o vereador Derivan Thomaz, João Lucas trata a Câmara de Vereadores de Penedo de forma negativa porque é candidato ao parlamento, mas não tem credibilidade por conta de sua relação com a atual gestão municipal, situação que o leva a desenvolver apenas uma “linha de raciocínio”, declarou Derivan.
Caso Jorginho Seixas
O Presidente da Câmara Municipal de Penedo também usou a tribuna para falar sobre a repercussão do agravo de instrumento do desembargador Luiz Estácio Lima, decisão que derrubou a liminar do juiz Luciano Américo Galvão, ato que gerou a posse do suplente Jorge Serapião Seixas.
“A Justiça que bota é a mesma que tira, não tem nada a ver com a Presidência da Câmara ou com os vereadores que estão aqui não. É um problema que foi gerado na Justiça, não foi na eleição. O povo não elegeu onze, doze, treze ou quatorze vereadores, o povo elegeu dez. Eu não posso botar mais um”, afirmou Messias da Filó.
“Se o Presidente for relapso, não se preocupar com a Câmara e deixar a coisa correr frouxa, pode ser responsabilizado. As questões que chegam aqui eu tenho que dar o devido procedimento”, explicou Messias da Filó, ressaltando que a ação do suplente remonta ao período 2001/2004, quando a CMP era composta por treze vereadores, número que voltará a ter a partir do próximo ano, conforme mudança autorizada por emenda à Constituição aprovada no Congresso Nacional.
A omissão da Presidência da CMP tem implicações para a Casa Legislativa e para o próprio Presidente, que pode ser preso por em consequência de seus atos. “Eu tenho acima de tudo respeito à justiça”, disse Messias da Filó, declarando que o Poder Judiciário também alerta em suas decisões para o direito de contestar o ato, ação que tem prazo a ser cumprido.
