A decisão unânime da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, que levou à cassação de quatro vereadores do Pilar, município distante 42 quilometros da capital Maceió, impossibilitará que qualquer um dos condenados possa ser candidato no próximo pleito eleitoral de 2012. Todos os edis cassados foram presos durante a Operação Pesca Bagre que os acusou de vários crimes contra a administração pública em um desvio que pode chegar a R$ 2,5 milhões, entre os anos de 2005 e 2007.
De acordo com as informações repassadas à imprensa os vereadores cassados foram Patrícia Rocha, Damião dos Santos, o Tota, Roberto Cavalcante e Luiz Carlos Omena. Com a perda do mandato os políticos não poderão se candidatar no próximo ano, em consonância com a nova lei da Ficha Limpa, que os impede da candidatura devido terem sido condenados.
Pelos autos do processo que terminou com a condenação dos envolvidos, um esquema milionário de contratações de locação de veículos e aquisições de materiais de construção, limpeza, combustíveis e alimentação utilizando a verba de custeio sem passar pelo procedimento licitatório era feito de forma constante pelos parlamentares que tinham outras pessoas como cúmplices do esquema fraudulento.
Diretores da Câmara e secretários municipais também ficam impedidos
Com a queda dos vereadores, outras pessoas foram denunciadas e presas, sendo os diretores da Câmara de Vereadores do Pilar, Geraldo Cavalcante da Silva, Phylipe Avelino e Benedito Cavalcante de Barros Neto, além do ex-secretário de Finanças do Município, Paulo Urbano, e o ex-vereador José Osano da Silva, que após condenação no mesmo processo de crimes contra a administração pública ficam impedidos de se candidatarem no próximo pleito eleitoral.