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Maceió

Vereador discute segurança pública com o secretário Dário César

Durante o encontro, edil defendeu uma guarda municipal armada

Nesta segunda-feira, 13, o vereador por Maceió, Wilson Júnior, foi até a sede da Secretaria de Segurança de Defesa Social do Estado de Alagoas para debater com o secretário Dário César, ações para minimizar a violência na capital alagoana. Durante o encontro, Wilson e Dário expuseram sugestões e opinaram sobre a busca e soluções para os problemas de “alta complexidade”, segundo Dário, sobre o caos da insegurança enfrentada pela população.

Entre os temas tratados na reunião esteve à falta de condições de trabalho dos guardas municipais de Maceió; já que atualmente trabalham sem arma de fogo. “A violência tem avançado na última década na capital. Parte dessa linha crescente se deve a falta de armamentos dos guardas municipais, que protegem o patrimônio público desarmados”, colou o secretario de Defesa Social.

Wilson Júnior disse que uma das suas lutas como vereador é valorizar e dignificar as condições de trabalho dos guardas municipais, além de defender uma tropa armada. “O ideal seria dar um treinamento especifico para reciclar o batalhão do município, oxigenar a tropa com concurso público e elevar a alto estima desse pessoal que é de suma importância para o povo de Maceió”, frisou o vereador. Dário ratificou a fala do legislador afirmando: “Hoje em dia o policial mesmo armado, com colete e viatura é recebido a bala.”

Além da Guarda Municipal, o vereador Wilson Júnior defendeu uma remuneração melhor para os militares. “Secretário, eu entendo que os soldados alagoanos estão verdadeiramente no fronte e o combate a criminalidade é ostensivo, vejo isso no meu dia a dia, tanto nas ruas quanto na rádio. A valorização desse pessoal entendo que é de suma importância para o bem da coletividade”, frisou.

Quando o assunto foi a ação do Estado em implantar o programa “Brasil mais seguro”, Wilson se colocou: “Tudo que vier para melhorar a qualidade de vida da população de Maceió e de todo o Estado é válido. Sabemos que os resultados não são do dia para noite, mas eu como legislador, comunicador tenho que fiscalizar, exigir melhorias e acima de tudo resultados práticos.”

Dário revelou que o Governo do Estado está investindo do ano de 2013 para o próximo mais de R$ 200 milhões na pasta da Segurança. Wilson reconheceu os esforços e destacou o elevado índice de execuções em todo Estado, principalmente em Maceió, a cidade, proporcionalmente, que mais se mata. “Do primeiro trimestre de 2012 comparando com o de 2013 foram menos 51 pessoas executados, a linha ascendente diminuiu, mas tenho certeza com a união dos poderes e das pessoas de bem esse atual cenário pode mudar”, colocou Wilson Júnior.

Iniciativa

Durante a visita do legislador da Casa Mário de Guimarães ao secretário de Defesa Social, uma iniciativa foi relatada por Dário César: “Temos aqui na Secretaria alguns reeducandos, que fazem das mais diversas atividades. Os preconceitos e os paradigmas devem ser quebrados. Uma pessoa que passa pelo sistema tem totais condições de recomeçar a vida e ter êxito a partir de um novo comportamento, uma nova postura de vida.”

O vereador destacou a ação de Dário e classificou como “louvável” e acrescentou: “É muito fácil julgar as pessoas, puni-las, mas dar uma chance, acreditar no potencial delas são para poucos. O que é bom deve ser reproduzido, isso não só aqui, mas em outras secretarias Estaduais, municipais. Isso é cidadania. Isso é o que o homem, a mulher que estar recomeçando uma nova vida precisa.”

“Cinquentinhas”

Outro ponto debatido entre Wilson e Dário foi o atual uso indiscriminado das motocicletas de baixa cilindrada, denominada “cinquentinhas”. “Assaltos, execuções, na maioria das vezes o meliante faz uso desse veículo para se evadir do local. Por ser um meio de transporte pequeno facilita a fuga, ao exemplo de pegar uma contra mão em alguma via movimentada. Esse uso deve ser fiscalizado para que se possa ter um maior controle”, defendeu Dário César.

Wilson salientou que o controle é importante, até o emplacamento é algo fundamental, mas reclamou do preço, das taxas que são cobradas atualmente: “O que é cobrado hoje é inviável. Deve-se ter um meio termo para que o trabalhador não seja prejudicado. Ele deve pagar algo justo para que tenha seus direitos legais resguardados. Estamos tentando uma reunião com o presidente do Detran para propor algumas coisas e levar até a ele o que a população pensa sobre o tema.”