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Negócios/Economia

Venda de farinha da mandioca alagoana já supera 60 toneladas

Eloísio Lopes diz que iniciativa favorece a abertura do mercado

Fruto de uma articulação entre o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e do governo de Alagoas por intermédio da Secretaria de Agricultura, a farinha de mandioca – produto genuinamente alagoano – que ocupa espaço nas prateleiras das redes de supermercados do estado de Alagoas, dá sinais de lucros aos agricultores familiares.

Desde o lançamento da assinatura do convênio, entre a Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro) e os governos federal e estadual, quando da visita da presidente da República Dilma Roussef à Alagoas, em julho deste ano, a comercialização da farinha já ultrapassou as 60 toneladas. A boa notícia foi confirmada pelo gerente de negócios da Cooperagro, Eloísio Lopes Junior.

A iniciativa de colocar a farinha de mandioca como o primeiro produto da agricultura familiar no mercado varejista de Alagoas, como explica Eloísio Lopes, tem proporcionado abertura de mercado, geração de renda e oferta de trabalho para a região. “O benefício da medida está tendo um impacto fundamental tanto para os produtores familiares da mandioca, como para os consumidores alagoanos que têm a oportunidade de adquirir uma mercadoria da nossa terra”, destaca Eloísio.

Segundo ele, é ainda uma oportunidade de colocar o produto à disposição dos consumidores de Alagoas um produto com competitividade, qualidade e menor preço. Eloísio desta que a cooperação possibilita ainda a regulação do estoque e do capital, dando com isso, uma nova dinâmica nos negócios”, atesta o gerente de negócios da Cooperagro.

Para o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Joselito Motta, um especialista do uso da mandioca, o convênio entre os governos federal e o de Alagoas só tem valorizado a cadeia da mandioca e vem dando um escoamento ao produto, o que possibilita renda e geração de emprego para as famílias de produtores que sobrevivem dessa atividade na região do Agreste alagoano.

“Com essa nova modalidade de comercialização da farinha nos supermercados atende de forma adequada os requisitos básicos de higiene, que é preconiza a Vigilância Sanitária nos estados brasileiros”, esclarece Joselito, que participa entre os dias 16 e 19 próximos do XVI Congresso Brasileiro da Mandioca e da Primeira Feira da Mandioca, em Maceió.

Para o evento, que será realizado no Centro de Convenções Ruth Carsoso, está confirmado a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário Afonso Florence e cerca de 500 participantes de várias regiões do país. Além do Congresso, será realizada também a 1ª Feira Brasileira da Mandioca, com uma programação diversificada.

Serão disponibilizadas oficinas sobre como preparar produtos à base de mandioca; estandes destinados a instituições de ensino, pesquisa e finanças; exposição de equipamentos utilizados nas atividades ligadas à mandiocultura e uma mini destilaria de álcool e cachaça a base de mandioca.

Os eventos vão funcionar no horário das 17h às 22h, disponibilizando uma praça de alimentação e apresentações culturais com shows de artistas do Nordeste. Mais informações no site: www.mandioca2011.com.br.