Os promotores de Justiça Max Martins e Denise Guimarães decidiram, junto com representantes da Polícia Militar, SMCCU, Sindicato dos Rodoviários, Federação Alagoana de Futebol (FAF), endurecer as regras contra as torcidas organizadas. A partir de agora, está terminantemente proibida a venda de bebidas alcoólicas nas proximidades dos estádios, bem como de espetinhos de carne. Também ficou estabelecido que o torcedor somente terá acesso aos campos portando documentos de identificação.
No último final de semana, sete ônibus foram depredados quando passavam na região do Mutange. Neste ataque até um tiroteio aconteceu entre as facções que torcem pelo CSA e CRB. É a décima vez, somente este ano, que os coletivos são destruídos por integrantes destes grupos após partidas de futebol. A situação é tão grave que as rotas de ônibus que passam nas proximidades do Rei Pelé estão reduzindo a frota nos dias de jogo.
A Polícia Militar também procederá medidas de abordagem visando identificar e recolher pessoas que estejam praticando arruaça e atos de vandalismo. Para o comandante de Policiamento da Capital, coronel Gilmar Batinga, o endurecimento nas regras é necessário para redução da violência dentro e fora do estádios. A iniciativa do Ministério Público Estadual recebeu total apoio dos parceiros e já entra em vigor neste final de semana.
Para o promotor Max Martins as torcidas organizadas optaram pelo vandalismo indo de encontro ao Estatuto do Torcedor. Ele lembrou que dois Termos de Ajuste de Conduta foram assinados tentando facilitar o acesso dos torcedores e evitar a violência no estádios, mas as soluções alternativas não surtiram efeito. “Nós não vamos permitir que o cidadão seja prejudicado devido aos excessos cometidos por grupos de marginais que se travestem de torcedores. Nós estamos amadurecendo a ideia de ajuizarmos nos próximos dias, algumas outras medidas com o objetivo de diminuirmos toda essa preocupante situação de balburdia que se instalou na nossa cidade em dias de jogos de futebol”, afirmou