Superintendente da PF em Alagoas, delegado Amaro Vieira, acredita que houve vazamento de informação
Um empresário e três membros do primeiro escalão da prefeitura de Santana do Mundaú, município situado na Zona da Mata alagoana, não foram localizados por agentes da Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 21. Alvos de mandados de prisão provisória expedidos pelo juiz eleitoral Marcelo Tadeu, os secretários José Élcio da Silva (Educação), Antônio Duarte (Transporte) e José Maciel Félix da Silva (Administração) e o dono de postos de combustíveis Carlos Eduardo Pedrosa já são considerados foragidos.
Para o superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Amaro Vieira Ferreira, houve vazamento de informação, conforme declarou durante entrevista coletiva concedida em Maceió. Os alvos dos mandados são acusados por formação de quadrilha e crime eleitoral. As irregularidades aconteceram durante uma carreata realizada em Santana do Mundaú com combustível que teria sido fornecido pela prefeitura de um dos municípios mais atingidos pelas enchentes de junho em Alagoas. O beneficiado pelo suposto desvio de recursos públicos foi o candidato a deputado estadual Nelito Gomes, filho do ex-governador Manoel Gomes de Barros, o Mano.
Os mandados foram expedidos na última sexta-feira, 17, mas como não havia o endereço dos acusados nos respectivos documentos, conforme afirmou o superintendente da PF em Alagoas, a identificação das residências foi realizada durante o final de semana. Segundo o delegado Amaro Vieira, com a operação deflagrada na manhã desta terça, sem alcançar os resultados desejados. “Quem tiver informações, pode ligar para 3216 6700 e 3216 6700. O nome será mantido em sigilo e a PF tem equipe para prendê-los, dentro e fora do país. Se preciso, vou pessoalmente cumprir os mandados”, acrescentou Vieira.
Documentos já foram apreendidos na prefeitura de Santana do Mundaú, indícios que apontam para as práticas dos crimes. Sobre o vazamento alegado pela superintendência da PF em Alagoas, o delegado Amaro Vieira declarou que o caso será investigado, mas adiantou que não acredita que a falha ocorreu dentro da corporação.
