Jogadores do Vitória comemoram gol salvador
O Vasco bem que tentou reverter o quadro de adversidade diante do Vitória, após o 2 x 0 do Barradão. Ontem, no jogo de São Januário, a equipe carioca enfrentou uma situação complicada durante o confronto, lutou até o fim e saiu aplaudido pela sua torcida, mas não conseguiu classificar-se para a semifinal da Copa do Brasil. A vaga ficou com o rubro-negro baiano, que apesar de perder por 3 a 1, avançou devido aos critérios de desempate (gol marcado fora de casa).
Na semi-final, o Leão da Barra vai enfrentar outro Rubro-Negro, o de Goiás. Será o confronto entre o campeão da Bahia e o campeão goiano.
O jogo
O time carioca entrou em campo precisando vencer por três gols de diferença. Com uma atitude ofensiva, partiu para o ataque e buscou o gol com o apoio do grito de “eu acredito” de seus torcedores, que lotaram o velho caldeirão de São Januário.
Aos 11 minuto o meia cruzmaltino Magno fez jogada individual pela esquerda, pedalou sobre Vanderson, deixou o adversário para trás e chutou cruzado: a bola desviou em Reniê e entrou. vasco 1 x 0. Ótimo sinal, “só” faltavam mais dois gols.
Todavia o Rubro-Negro baiano, até então acuado por um rival com muita volúpia e vontade, mesmo que não tão preciso, ganhou um presente: a defesa adversária falhou e Nilton cometeu pênalti em Neto Berola aos 18 minutos. Por ser o último homem, o volante vascaíno foi expulso e o goleiro Viáfara igualou o placar, na cobrança da falta máxima. 1 x 1.
O duelo ganhou em nervosismo, especialmente do lado vascaíno, que buscava o ataque, mas sem maior organização. O time da Boa Terra passou a ser mais ameaçador nos contra-ataques, sem criar, porém, grandes chances.
Na segunda etapa, o Vasco voltou para o tudo ou nada. Com um volume de jogo impressionante, o time não demorou a marcar. Logo aos três minutos, Ramon tabelou com Philippe Coutinho, recebeu na grande área pela esquerda e bateu cruzado: Vasco 2 a 1.
Apesar da presença e do apoio vindo da arquibancada, o Gigante da Colina não conseguia ameaçar com reais chances de gol, o goleiro Viáfara. Com 2 a 1 a seu favor, a equipe precisava de mais dois gols para se classificar.
O Vitória adotou a postura defensiva contra a pressão adversária. Schwenck, aos 12 minutos, desperdiçou chance incrível. Após perder Rafael Cruz, um minuto depois, expulso, a equipe baiana adotou definitivamente a retranca.
Com dez contra dez e muita disposição, a equipe Cruzmaltina manteve-se em cima. Aos 30 minutos, Philippe Coutinho encontrou Elton na área, ele driblou Viáfara e foi derrubado. Evandro Rogério Roman (Fifa-PR) não usou o mesmo critério adotado com Nilton e deu só amarelo para o atleta. Carlos Alberto fez o gol de pênalti e acendeu a torcida. Vasco 3 x 1.
Restava apenas mais um gol e a luta vascaína seguiu até o fim, porém o iluminado gol não saiu – perigosamente, Elton cabeceou aos 38 minutos e o Camisa 1 do Leão espalmou. Alívio para o Rubro-Negro baiano.
Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana para a abertura do Campeonato Brasileiro. O Vasco vai estreiar no domingo, às 16h, no Mineirão, contra o Atlético-MG. Já o Vitória, no sábado, às 18h30, pegará o Palmeiras, em São Paulo (SP).
FICHA TÉCNICA:
VASCO 3 X 1 VITORIA
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 5/5/2010 – 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR)
Auxiliares: José Carlos Dias Passos (PR) e Bruno Boschilia (PR)
Renda/público: R$ 245.615,00 / 14.221 presentes – 12.377 pagantes
Cartões amarelos: Souza (VAS); Egídio, Vanderson, Bida, Schwenck e Viáfara (VIT)
Cartões vermelhos: Nilton, 18’/1ºT (VAS); Rafael Cruz, 13’/2°T (VIT); Schwenck, 42’/2ºT (VIT)
GOLS: Magno, 11’/1ºT (1-0); Viáfara, 20’/1ºT (1-1); Ramon, 3’/2°T (2-1); Carlos Alberto, 31/2°T (3-1)
VASCO: Fernando Prass, Élder Granja (Paulinho, 40/1°T), Thiago Martinelli, Dedé e Ramon; Nilton, Souza, Magno (Dodô, 16’/2°T) e Philippe Coutinho; Carlos Alberto (Robinho, 35’/2°T) e Elton. Técnico: Gaúcho.
VITÓRIA: Viafara, Marcos Pimentel, Wallace, Reniê e Egídio (Rafael Cruz, intervalo); Vanderson, Uelliton, Neto e Bida; Neto Berola (Schwenck, 10’/2°T) e Júnior (Vilson, 18’/2°T). Técnico: Ricardo Silva.
