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Esporte

Vandalismo de torcedores deixa um morto em São Paulo

O clássico entre São Paulo e Palmeiras, pela 2ª vez, deixa um rastro de tristeza e fatalidade. Em meados da década de 90, os torcedores dessas mesmas equipes protagonizaram cenas de barbárie no Pacaembu, logo após uma partida, acreditem, das categorias de base.

Dessa vez, os incidentes aconteceram em locais distantes do Parque Antártica. Até quando teremos que presenciarmos essas cenas de horror? perguntam os verdadeiros torcedores, aqueles que insistem em comparecer aos estádios com filhos, espôsa enfim, com a família.

Num desses incidentes, por volta das 23h15 de domingo, na Rodovia dos Bandeirantes, em Jundiaí, interior paulista, o saldo foi de quatro baleados, sendo um morto, e outros 11 feridos por armas brancas. O confronto entre as gangues, que voltavam para o interior paulista após assistir ao clássico, vencido pelo Palmeiras por 2 a 0, no estádio Palestra Itália, ocorreu no retorno localizado após o posto de combustíveis Lago Azul, que fica no quilômetro 58 da rodovia.

Acredita-se que as armas estavam escondidas dentro dos quatro ônibus, ou de vans e veículos de passeio de ambas as torcidas, e que o confronto teria sido premeditado. Os feridos, entre eles um são-paulino que perdeu uma das mãos ao tentar arremessar uma bomba caseira contra os palmeirenses, foram levados para o pronto-socorro do Hospital Municipal São Vicente de Paula por viaturas do SAMU, da Autoban, Bombeiros e Polícia Militar. Um dos baleados, identificado como Alex Fornan de Santana, de 29 anos, vestindo camiseta do Palmeiras, foi atingido na boca e morreu.

Ainda segundo a PM, em frente ao hospital, que fica na Rua São Vicente de Paula, grupos de torcedores também teriam iniciado um confronto, controlado rapidamente. A Polícia Rodoviária Estadual foi acionada para escoltar os veículos após o tiroteio. Até agora, a polícia não confirmou a apreensão de arma de fogo entre os brigões. Entre os objetos apreendidos estão três bombas caseiras, uma barra de ferro na qual está escrita “Mancha Verde”, pedaços de paus e cabos de enxada.