Em mais uma etapa que antecede a IV Conferência Nacional de Cultura, que vai acontecer no próximo ano, em Brasília, a Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), realizou a V Conferência Estadual de Cultura nos dias 4 e 5 de dezembro, em Maceió. Com o tema Democracia e direito à cultura, o evento fortaleceu o intercâmbio de ideias entre os fazedores de cultura do estado.
A plenária reuniu, ao todo, mais de 200 participantes de todas as regiões do Estado, entre artistas, gestores culturais e membros da sociedade civil, além dos delegados eleitos nas etapas municipais e intermunicipais da conferência.
No discurso de abertura, a secretária Mellina Freitas ressaltou que as conferências são essenciais para estabelecer uma conexão direta entre o governo e a sociedade civil. “Nosso encontro foi um convite aberto a todos os interessados em contribuir para o enriquecimento cultural de Alagoas. Cada voz aqui presente é essencial para a construção de políticas culturais inclusivas e significativas. Que esta conferência seja um espaço enriquecedor de diálogo, troca de ideias e construção conjunta de um futuro cultural sólido e inclusivo”, disse a gestora.
No plano de políticas públicas, serão abrangidos 18 segmentos culturais e visando facilitar as discussões, o Ministério da Cultura estabeleceu 6 eixos temáticos que nortearam a 5ª conferência, sendo eles: Eixo 1 – Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura; Eixo 2 – Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social; Eixo 3 – Identidade, Patrimônio e Memória; Eixo 4 – Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural; Eixo 5 – Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade; e Eixo 6 – Direito às Artes e às Linguagens Digitais.
Silvia Santos, uma das representantes do Eixo 5, compartilhou sua perspectiva sobre o papel das conferências, destacando-as como espaços fundamentais para que os representantes culturais do estado aprofundem seu entendimento sobre os diversos nichos nos quais podem não estar diretamente inseridos. “A conferência vem quebrando essa falta de transversalidade entre os eixos. Assim, vem criando uma maior segurança para a sociedade civil, para os profissionais dos eixos culturais e cria um olhar diversificado e democrático para todos”, disse Silvia.
A secretária de Cultura de Penedo, Teresa Machado, reforçou a importância do espaço de debate como um autêntico renascimento da cultura, destacando-o como um momento crucial para reafirmar o poder cultural. “Alagoas é um dos estados mais ricos em diversidade cultural. Estamos aqui lutando por uma cultura democrática que chegue de ponta a ponta, como também lutar para provar que nosso estado tem o peso e a consciência de como fazer cultura”, destacou a gestora.
Na ocasião, foram eleitos os 40 delegados, sendo 13 do setor governamental e 27 da sociedade civil, que representarão Alagoas na V Conferência Nacional de Cultura, marcada para março de 2024. Também foram definidas 12 propostas, sendo duas por cada eixos, que serão apresentadas por Alagoas na Conferência Nacional.
O evento contou com a presença da secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, do secretário Executivo de Políticas Culturais e Economia Criativa, Milton Muniz, da mestra do Patrimônio Vivo Vânia Oliveira, o coordenador do escritório do Minc em Alagoas, Pedro Verdino, do coordenador-geral do Conselho Nacional de Políticas Culturais e da Conferência Nacional de Cultura, Daniel Samam, e do subsecretário de Gestão de Prestação e Tomadas de Contas do Minc, Sandro Regueira.