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Universidade Federal Fluminense determina volta do uso de máscara em locais fechados

Portaria leva em conta aumento no contágio pela doença no estado

A Universidade Federal Fluminense (UFF) determinou a volta do uso obrigatório de máscaras de proteção respiratória em ambientes fechados em todos os campi da instituição.

A UFF tem três campi em Niterói, na região metropolitana do Rio, além de outras unidades acadêmicas na cidade e em oito municípios do estado: Angra dos Reis; Campos dos Goytacazes, Macaé, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio das Ostras, Santo Antônio de Pádua e Volta Redonda. Há ainda um núcleo experimental em Iguaba Grande, uma fazenda-escola em Cachoeiras de Macacu e uma unidade avançada em Oriximiná, no Pará.

A determinação foi feita por meio da Portaria nº 68.362, com data de ontem (31) e divulgada hoje pela universidade, com base em informe técnico liberado nesta semana pelo Grupo de Trabalho (GT) Covid-19 da UFF, que acompanha o cenário epidemiológico da doença no estado.

De acordo com o documento, que se baseia nas informações divulgadas pela Secretaria estadual de Saúde, o cenário de estabilidade permite a continuidade das atividades presenciais do semestre letivo na universidade. É importante, porém, a retomada de medidas não farmacológicas de proteção, já que muitos sintomas da covid-19 podem ser confundidos com os de outras doenças respiratórias, que aumentam neste período do ano.

“Em virtude do cenário de sazonalidade de infecções respiratórias e de maneira totalmente esperada e previsível, há possibilidade de aumento de número de funcionários e alunos com covid-19. Neste momento, é fundamental que todos os casos confirmados sejam obrigatoriamente notificados para que se tenha a dimensão, o mais próximo possível, do quantitativo de pessoas acometidas. A subnotificação interna impede que ações mais específicas possam ser tomadas”.

O uso de máscaras em ambientes abertos continua voluntário, e a obrigatoriedade em ambientes fechados é temporária, recomendada, em princípio, até 30 de junho. O GT recomenda também a higienização de mãos com água e sabão ou álcool a 70% frequentemente e a avaliação precoce de pessoas com sintomas gripais. Em caso de piora no cenário epidemiológico, as atividades presenciais podem ser suspensas.

Situação epidemiológica
A 2ª edição do Panorama Covid-19, divulgado sexta-feira (27) pela Secretaria de Saúde, indica cenário de estabilidade nos contágios pela doença, porém com leve aumento nas taxas de positividade dos exames diagnósticos e nos atendimentos na rede de atenção primária à saúde.

A taxa de positividade para o exame RT-PCR ficou estável, passando de 20,4% entre 8 e 14 de maio, para 15% na média móvel do período, de 15 a 21 de maio. Para os testes de antígeno, a taxa de positivos passou de 15,6% para 18,4%. Os atendimentos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentaram 9% no mesmo período.

De acordo com os dados do Monitora Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz, a incidência de casos no estado do Rio passou de 892,14 no dia 20 de maio para 2.538,71 ontem (31), na média móvel de sete dias. Os óbitos continuam estáveis, na faixa de dez registros por dia na média móvel.