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Brasil/Mundo

Universíade aproxima wushu brasileiro de adversários asiáticos

O contato com atletas de ponta do wushu na Ásia, durante a Universíade de Taipei, será uma das heranças da participação brasileira na competição, na opinião do técnico João Ferreira Júnior. Para desenvolver o Brasil no esporte, mais conhecido como kung fu, ele acredita que observar os melhores do mundo e enfrentá-los no tatame vai contribuir para o amadurecimento dos atletas.

“É fundamental para eles estar competindo com esses atletas. Precisamos mais disso, porque a gente é referência em Sul Americano, bate de frente com o Canadá e os Estados Unidos, mas quando vai para o lado asiático, faltam competições pra gente ter esse contato”, afirma o técnico, que se empenhou também em divulgar o wushu entre os atletas e técnicos brasileiros.

“O Brasil está em ascensão [no wushu]. Nossos atletas hoje fazem intercâmbios, viajam. O acesso ao treino é muito melhor, a preparação física”, diz ele.

Apesar disso, as viagens para disputar campeonatos e os uniformes, por exemplo, saem do bolso dos atletas, que precisam se dedicar a outra profissão para financiar sua permanência no esporte. Na Universíade, os custos foram pagos pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e pelo Ministério do Esporte.

O cenário ainda tímido do wushu na América do Sul, com muitos países sem confederações reconhecidas, faz com que as competições do continente tenham baixa adesão, o que prejudica o cumprimento dos critérios para que os atletas consigam receber incentivos como o Bolsa Atleta, segundo João. A baixa visibilidade do esporte também reduz o interesse de patrocinadores e universidades.

“O que falta é um apoio para que a gente possa dar suporte sequencial à modalidade durante alguns anos. Levando eles para competir três, quatro vezes por ano na Ásia e Europa, em dois anos estaremos ganhando deles”, acredita o técnico.