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Maceió

Unidades Saúde estão abastecidas com vacinas contra coqueluche

O Ministério da Saúde (MS) por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), recomenda que todas as crianças devem receber a vacina contra a coqueluche, a tetravalente. Em Maceió, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que todas as unidades de saúde da capital estão devidamente abastecidas com as vacinas. A imunização é administrada em três doses: a primeira dose é ministrada aos dois meses de idade, a segunda aos quatro meses e a terceira dose com seis meses. O reforço deve ser feito em duas vacinações: o primeiro aos 15 meses de vida e o segundo aos quatro e seis anos de idade.

O tratamento da doença precisa ser prescrito por um médico e é feito com antibiótico. Por conta disso os profissionais da área de saúde têm a responsabilidade da notificação de todo caso suspeito de coqueluche. As autoridades sanitárias municipais de saúde deverão providenciar imediatamente a investigação epidemiológica e adotar as medidas de controle pertinentes.

De acordo com dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2010, houve aumento significativo dos casos de coqueluche em adolescentes e adultos no Brasil. Na América Latina, eles praticamente triplicaram em cinco anos.

Os casos notificados como suspeito pelo critério clinico observa se o indivíduo, independente da idade e estado vacinal, apresenta tosse seca ha 14 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística (tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas, ou seja, 5 a 10, em uma única expiração), guincho inspiratório e vômitos pós-tosse.

A Coordenação de Vigilância Epidemiológica, ligada à Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Maceió (SMS) notificou este ano 67 casos e cinco foram positivos por critério laboratorial, conforme dados contabilizados até a semana epidemiológica 22 (de 25 de maio a 31 de maio).

O contágio se dá pelo contato direto com a pessoa infectada ou por gotículas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. A infecção pode ocorrer em qualquer época do ano e em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente as crianças menores de dois anos.

Casos de coqueluche costumam ser mais raros na vida adulta. No entanto, tosse seca e contínua por mais de duas semanas em jovens e adultos pode ser sinal de que foram novamente infectados pela bactéria da tosse comprida, apesar de terem recebido a vacina na infância ou de terem ficado doentes.

A coqueluche faz parte da Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória, de acordo com a portaria do Ministério da Saúde nº. 104 de 25 de janeiro de 2011, sendo de notificação obrigatória em todo o território nacional

Sintomas

O período de incubação varia entre uma semana a quinze dias. Os sintomas duram cerca de seis semanas e podem ser divididos em três estágios consecutivos;

a) estágio catarral (uma ou duas semanas): febre baixa, coriza, espirros, lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar, tosse noturna, sintomas que, nessa fase, podem ser confundidos com os da gripe e resfriados comuns;

b) estágio paroxístico (duas semanas): acessos de tosse paroxística, ou espasmódica. De início repentino, esses episódios são breves, mas ocorrem um atrás do outro, sucessivamente, sem que o doente tenha condições de respirar entre eles e são seguidos por uma inspiração profunda que provoca um som agudo parecido com um guincho. Os períodos de falta de ar e o esforço para tossir deixam a face azulada (cianose) e podem provocar vômitos;

c) estágio de convalescença: em geral, a partir da quarta semana, os sintomas vão regredindo até desaparecerem completamente.

Como medida de prevenção e controle, a área técnica de Imunopreveníveis realiza as seguintes medidas: bloqueio vacinal realizado pelo (PNI) Programa Nacional de Imunização (vacinação seletiva do caso índice, comunicantes e vizinhança) e quimioprofilaxia (comunicantes íntimos).