Atendendo a uma determinação do Ministério da Saúde (MS), a Secretaria de Estado da Saúde deve assumir a entrega do medicamento para tratamento do glaucoma, beneficiando mais de 20 mil alagoanos. A partir de 1º de julho deste ano, a dispensação será realizada nas unidades do Componente Especializado de Assistência Farmacêutica (Ceaf) de Maceió, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Penedo, São Miguel dos Campos e União dos Palmares.
Com isso, as clínicas oftalmológicas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) terão a atribuição de realizar as consultas de diagnóstico e os procedimentos cirúrgicos quando houver indicação médica.
De acordo com a superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Lorella Chiappetta, os prestadores de serviço já foram comunicados sobre a alteração na dispensação da medicação para tratamento do glaucoma, além de serem informados sobre os ajustes que serão realizados no Programa de Glaucoma.
“Um novo encontro está previsto para acontecer com os prestadores de serviço, em data a ser marcada, onde serão apresentadas as novas diretrizes do Programa de Glaucoma em Alagoas. O Ministério da Saúde determinou que a Sesau realizasse ajustes, com o intuito de assegurarmos a lisura e transparência do serviço, garantindo o tratamento integral dos alagoanos acometidos pela doença no estado”, salientou Lorella Chiappetta.
O Glaucoma
Segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), a doença hereditária progressiva é causada pelo aumento da pressão intraocular, que acaba lesionando o nervo óptico. Em 80% dos casos, se não for tratado, pode evoluir para perda total da visão. Por essa razão, descobrir a patologia tardiamente pode trazer sérias consequências.
Ainda de acordo com a SBG, algumas pessoas merecem atenção redobrada por apresentarem predisposição para a doença, a exemplo das pessoas acima dos 40 anos e/ou parentes de pacientes com glaucoma.
Já as pessoas de etnia negra ou afrodescendentes devem redobrar os cuidados, uma vez que a incidência da doença é quatro vezes maior nesse grupo.
O glaucoma também deve ser motivo de preocupação para os míopes que utilizam lentes acima de seis graus e diabéticos que já tiveram traumas ou doenças intraoculares.
