A Coordenação de Vigilância Epidemiológica (CVE) alerta a população de Maceió para intensificar os cuidados com o tratamento da água e com a higiene das mãos, de modo a fortalecer a prevenção contra a diarreia. Um dos cuidados básicos, de acordo com a CVE, é a aplicação de solução de hipoclorito em depósitos de água e na água utilizada na lavagem de alimentos que são consumidos crus. O alerta é motivado pelo aumento no número de casos da doença entre a 1ª e a 20ª Semana Epidemiológica (SE) deste ano, quando foram registrados 3.958 casos de diarreia. Na comparação com o mesmo período – janeiro a maio – do ano passado, quando foram registrados 1.873 casos, houve um acréscimo de 111,31% no número de casos registrados em Maceió.
A CVE informa que houve readequação dos procedimentos de notificação, o que pode ter contribuído para o aumento de casos registrados. “Com base na incidência de casos do ano passado, as unidades de saúde aperfeiçoaram o processo de notificação este ano, o que pode ter contribuído para essa disparidade em relação ao número de casos da doença registrados em 2014”, ressalta Thaíse Helena Barbosa Ribeiro, técnica da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Maceió (SMS).
A doença diarréica aguda (DDA) é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos), cuja manifestação predominante é o aumento no número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Tais ocorrências podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, é autolimitada, com duração de 2 a 14 dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos, principalmente quando associados à desnutrição.
Nas Semanas Epidemiológicas de 1 a 20 de 2015, a faixa etária mais acometida foi entre pacientes maiores de 10 anos, com 60,84% dos casos, seguida do grupo de 1 a 4 anos, com 19,28% dos casos.
