No Núcleo Ressocializador todos os reeducandos têm acesso à educação e ao trabalho
O Núcleo Ressocializador da Capital (NRC), unidade prisional modelo da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) de Alagoas iniciou, ontem, segunda-feira (27), a seleção de reeducandos sentenciados que que têm interesse em conquistar a vaga entre os custodiados que compõem a unidade prisional.
O processo de seleção acontece até a segunda quinzena de abril, e é composto de diversas fases, na qual eles serão avaliados por comissões nas áreas psicossocial, jurídica, de inteligência, entre outras avaliações. Para conseguir a vaga é necessário que o candidato seja aprovado em todas as fases.
Após a aprovação, o reeducando será transferido para a unidade, onde participará de um regime de cumprimento de pena diferenciado, no qual será ofertado o acesso ao trabalho durante o dia e educação no período noturno, ganhando remição de pena por ambas as atividades. Além de também participar de eventos religiosos aos finais de semana, como preconiza a Lei de Execuções Penais.
Atualmente, o NRC conta com 154 vagas, sendo 112 já preenchidas. O objetivo da seleção é preencher as vagas remanescentes. A unidade é referência na área de ressocialização, sendo considerado o segundo melhor estabelecimento prisional do país, conforme o ranking da Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias. Todos os custodiados têm acesso à educação e ao trabalho remunerado.
A policial penal e chefe do NRC, Larissa Vital, falou sobre os benefícios de fazer parte de uma unidade modelo em ressocialização. “Aqui no Núcleo, os participantes têm acesso a políticas públicas na área de educação, saúde, religião e trabalho, de uma forma mais acessível do que nas unidades convencionais. O nosso objetivo é entregar pessoas melhores para a sociedade”, concluiu.
A gestora também enfatizou que o processo de seleção é bem criterioso e eficiente, limitando o acesso a pessoas que realmente busquem mudar de vida por meio da oportunidade que é ofertada.
O apenado Edson dos Santos é um dos candidatos. Ele afirma que conseguir a vaga é como garantir a oportunidade de uma vida digna após o cárcere.
“Conseguir esta vaga será uma grande chance para mim. Eu vou ter acesso com maior facilidade à escola e cursos profissionalizantes, para que eu saia daqui com uma porta de emprego aberta, por meio dos conhecimentos e ensinamentos que eu vou adquirir”, afirmou o participante.