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Uma fonte importante para as comunidades

Nos estatutos das associações, clubes e organizações não governamentais encontramos palavras comuns na descrição de suas finalidades, como fortalecer, promover, representar, proporcionar, desenvolver, realizar etc., porém na prática são poucas as que de fato executam o conteúdo programático de seus códigos e regulamentos.

Essas finalidades podem ser amplas, como no caso das instituições beneficentes que objetivam o bem estar em toda a sociedade onde estão inseridas ou restritas como as associações profissionais ou de negócios.

No universo dessas organizações encontramos as associações que são atuantes e que de fato procuram cumprir os seus objetivos programáticos, como também as que apenas são conhecidas por existirem formalmente e que com o decorrer do tempo desaparecem e são esquecidas.

O que proporciona energia, vitalidade e longevidade às organizações sociais são os seus membros ou associados, que com as suas participações mantém acesas as razões para quais foram criadas e realizam as mudanças necessárias para que continuem exercendo o fascínio atrativo das pessoas que possuem as condições necessárias de integrar seus quadros sociais, que com novas ideias, somadas às existentes, enriquecerão as discursões dos planos imprescindíveis para o contínuo cumprimento dos seus objetivos.

A motivação que leva as pessoas a ingressarem nas associações é a percepção do que realizam nos respectivos segmentos próprios.

Em uma perspectiva mais específica para os diversos tipos de associações, podemos exemplificar que as organizações beneficentes hospitalares têm como objetivo macro o altruísmo de promover a saúde a todos que lhe procurarem, independentemente de qualquer categoria social que pertençam.

Já para as associações de profissionais de medicina, engenharia, administração etc. esperam que suas respectivas associações promovam cursos, seminários, workshop e discursões para o aprimoramento de suas funções.

Ao passo que as organizações de comerciantes, industriais, prestadores de serviços, agricultores é a participação no desenvolvimento do segmento, a proteção e qualificação de seus associados que influenciam a vontade de participar nos seus quadros sociais.

Como os atores principais das organizações são as pessoas integrantes de seus quadros sociais, é meritório analisar, periodicamente, qual o número mínimo de associados necessários para manter as suas atividades atuais e futuras, que inevitavelmente virão. Uma informação importante e geralmente esquecida na determinação desse ajuste é o maior número de associados que a organização alcançou desde a sua fundação e fazer desse número um referencial para nortear as decisões sobre o assunto.

Fórmula pronta para essa determinação não existe, mas ideias sugestivas são inúmeras, desde as mais elementares como o número de associados quando foi fundada, um índice relacional entre a quantidade de diretores versus a quantidade de sócios etc., mas essa determinação é específica para cada tipo de organização, mesmo que do mesmo segmento.

Como a diversidade de novas ideias administrativas é fator predominante para que as associações se mantenham sempre atuantes, a alternância de associados nas suas diretorias é fundamental para a renovação de ações para alcançar os seus objetivos programáticos. A observância nos mostra que as entidades nas quais não ocorreram essas renovações e os cargos diretivos foram exercidos pelos mesmos associados provocaram o início da curva descendente das suas atividades e o posterior encerramento de suas atividades.

Como a participação ativa dos associados no cumprimento dos objetivos estatutários e a atuação da respectiva diretoria em promover essas práticas é uma via dupla de responsabilidades indispensáveis, quando obstáculos como a acomodação, a inércia, a indisponibilidade, entre outras mais, são colocados nessa via, a tendência é a atrofia da organização e caso a curva descendente não seja revertida a inclinação natural é o seu desaparecimento.

O nosso entorno sempre confirma, infelizmente, esses acontecimentos.

Alexandre Cedrim, administrador de empresas e consultor organizacional