Para concretizar esse anseio dos esportistas alagoanos, com investimentos da ordem de R$ 12 milhões, o governo de Alagoas em parceria com o governo federal darão, no dia 27, o pontapé inicial nessa festa do futebol para que o torcedor alagoano receba um novo estádio com o maior e mais tradicional jogo das Alagoas, o Clássico das Multidões entre CSA e CRB.
A decisão de fazer a mais completa reforma desde sua inauguração há quase 40 anos de vida, de acordo com o governador Teotonio Vilela, ocorreu por causa do risco que os torcedores corriam em função de série de problemas na sua estrutura detectados por meio de uma minucioso diagnóstico feito por uma empresa especializada em estrutura física de estádios de futebol contatada pelo Estado.
Uma das preocupações do governo de Alagoas era de que se evitasse o que ocorreu no Estádio da Fonte Nova, em Salvador, na Bahia, em novembro de 2007, quando nove pessoas morreram tragicamente por causa do desabamento de trechos de arquibancadas do estádio ao caírem de uma altura de 15 metros, correspondente a um prédio de cinco andares.
Durante uma das visitas no canteiro de obras, o governador afirmou que tem a esperança de que Alagoas receba um dos jogos da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Ele ressaltou que as obras vão credenciar Alagoas ter a um dos estádios mais modernos do país.
“Esperamos que, pelo menos, um grande jogo da Copa do Mundo de 2014 seja realizado aqui, o que é uma ótima oportunidade de divulgar Alagoas para o mundo”, frisou Teotonio, na ocasião.
Estrutura antiga: demolição equivalente a 600 caçambas de entulho e 9 mil toneladas de material de construção
No início dos trabalhos de reforma de cara um dado espantoso. “Seguramente removemos o equivalente a 900 toneladas do material de entulho e de construção ou equivalente a 600 caçambas que serviam de proteção da antiga manta asfáltica que revestia a parte superior do estádio, por causa da impermeabilização e as infiltrações constantes”, conta o engenheiro responsável pela obra de reforma do Rei Pelé, Fábio Vieira.
“Mas aí a gente multiplica essas 900 toneladas iniciais por mais dez vezes o que tiramos na sequência dos trabalhos e teríamos algo igual a 9 mil toneladas de material de construção”, completa o engenheiro.
Fábio revela que no pico da obra de reforma 360 operários participaram efetivamente dos serviços no Trapichão.