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Maceió

Últimos dias de inscrições para o 1º Ciclo de Inovação Aberta de Maceió

Interessados em ajudar a capital na solução de desafios têm até a próxima terça (3) para submeter suas propostas

Quem não quiser perder a chance de ajudar o Município de Maceió a solucionar desafios em quatro áreas e ainda ganhar até R$ 50 mil por isso, tem até a próxima terça-feira (3) para se inscrever no 1º Ciclo de Inovação Aberta da Capital através do site desafio.maceio.al.gov.br. Podem participar pessoas físicas e jurídicas, startups e consórcios de todo o Brasil.

Conduzido pela Secretaria Municipal de Estratégias Disruptivas, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedciti), o programa tem duração média de seis meses. O objetivo é fomentar a cultura de inovação na cidade e buscar o envolvimento de diversos cidadãos que possam propor soluções práticas e viáveis que tragam melhorias à cidade e consequentemente à vida do maceioense.

O dinheiro da premiação é fruto de um convênio firmado com Ministério da Ciência e Tecnologia, viabilizado por meio de uma emenda parlamentar do senador Rodrigo Cunha. Há também ainda a possibilidade de um contrato com a Prefeitura de Maceió no valor de R$ 1,6 milhão com validade de um ano.

No edital do primeiro ciclo, há quatro desafios relacionados às áreas de saúde, trabalho, ordenamento urbano e fiscalização territorial. Durante o processo, os participantes contarão com apoio de professores especialistas do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e da estrutura e profissionais do Senai Alagoas. Os interessados podem inscrever propostas para até dois obstáculos.

Saúde

Com o questionamento “como melhorar os índices de disponibilidade de medicamentos ofertados pela prefeitura?”, o Desafio 1 trata de controle de estoque. Há limitações técnicas de profissionais na utilização de sistemas informatizados, algumas farmácias sem estrutura física adequada, descumprimento de prazos por fornecedores e difícil obtenção de informações mesmo com uso da tecnologia.

As soluções precisam manter o bom percentual de abastecimento (95%), tratar da medição mensal de estoque nas unidades de saúde, obter sistema que ofereça informações necessárias em tempo real, e resolver o problema relacionado à falta de profissionais capacitados. Isso lidando com fatores como orçamento limitado.

Trabalho

Quanto ao Desafio 2, “como podemos utilizar dados abertos para inserir pessoas no mercado de trabalho em Maceió?”, o Sine usa um sistema de inteligência artificial para selecionar currículos de acordo com as especificações das vagas. Porém, há problemas como falta de candidatos qualificados, estrutura de qualificação insuficiente, falta de dados das secretarias e pouca conscientização das empresas para fazerem seleções justas, sem indicações.

Os resultados esperados incluem maior igualdade de oportunidades, eficiência no preenchimento de vagas, redução do viés da seleção e economia de recursos. Já a longo prazo, se espera a criação de escolas de qualificação profissional. O principal risco é a limitação de orçamento para tecnologia.

Ordenamento urbano

No Desafio 3, “como a prefeitura pode fiscalizar áreas no Município de maneira remota?”, a fiscalização recebe denúncias da população através de vários meios sobre temas como poluição e barulho. Os problemas estão relacionados ao número reduzido de fiscais capacitados e de ferramentas que os auxiliem. Além disso, também são obstáculos a desatualização da legislação municipal sobre o tema e a burocracia existente.

É preciso melhorar os índices de fiscalização e, a longo prazo, controlar o crescimento irregular da cidade. As propostas precisam ter em mente que pode haver atrasos no cronograma de fiscalização, sobrecarga no orçamento, mapeamento incorreto das atividades e não envolvimento dos atores.

Convívio Urbano

Por fim, o Desafio 4 traz a pergunta “como realizar o ordenamento territorial para a inserção de ambulantes em Maceió?”. Não há nenhum sistema ou programa de cadastro e fiscalização desses vendedores. É preciso corrigir, entre outros problemas, a pouca integração de dados entre as secretarias, legislação desatualizada e a falta de zoneamento dos trabalhadores por área.

As propostas precisam buscar o zoneamento com os quantitativos de ambulantes/atividades por locais, além de ferramentas ágeis e simples para cadastro, monitoramento e fiscalização, ordenando as atividades para o bem-estar dos trabalhadores e da comunidade geral. Também deve-se ter como objetivo a qualificação profissional dos vendedores para evoluírem como empreendedores.