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Alagoas

UE do Agreste aponta que violência contra mulher lidera notificações

Ana Lúcia Lima destaca os principais motivos de entradas na unidade

A Unidade de Emergência Daniel Houly, em Arapiraca, por meio do setor de epidemiologia, vem notificando há um ano e meio todos os casos de pacientes que dão entrada na unidade hospitalar vítimas de algum tipo de violência. O monitoramento desse tipo de ocorrência revela que as principais formas de violência são as agressões físicas, violência sexual e lesões autoprovocadas (suicídio).

De acordo com Ana Lúcia Lima, coordenadora do serviço de epidemiologia da UE do Agreste, no ano passado foram notificados quase mil casos (987) de violência, incluindo crianças e adolescentes até 18 anos, mulheres de todas as faixas etárias e violência autoprovocada em ambos os sexos.

O relatório epidemiológico revela que o percentual de casos de violência aponta as mulheres como vítimas mais suscetíveis, são 61% das notificações; enquanto que os homens atingem um percentual de 39%.

Já o meio de agressão mais frequente foi envenenamento com 44% dos casos, seguido de lesão corporal, que atingiu 25%. O relatório indica ainda que o tratamento da maioria dos pacientes aponta para a cura, com 96% de alta médica.

Ana Lúcia Lima explicou que o controle desse tipo de notificação é uma das diretrizes da política nacional de redução da morbimortalidade (morte causada por algum fator externo como acidentes e violência) teve sua consolidação quando o Ministério da Saúde implantou, em 2001, a ficha de notificação /investigação de violência doméstica, sexual e outras violências.

“Com esses dados, fica evidente a necessidade dos gestores implantarem políticas públicas direcionadas a prevenção e redução da violência, bem como a estruturação das redes de proteção às vitimas”, informou.