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Esporte

TVs brigam pelo direito de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro

TVs travarão uma acirrada batalha para conquistarem o direito de mídia

A acirrada disputa pelos direitos de transmissão dos campeonatos Brasileiros de 2012 a 2014, vivencia o seu momento mais “delicado”. A disputa máxima, por enquanto, é em relação à TV aberta, na qual estão na linha de frente as redes Globo e Record. O lance mínimo para a aquisição desses direitos é de R$ 500 milhões. Hoje, são pagos cerca de R$ 280 milhões.

Além disso, também estão em jogo os direitos de TV fechada, pay-per-view, celular, internet e transmissão internacional. O edital de concorrência sairá ainda nesta semana.

Todavia, segundo informações da Folha de São paulo, a Globo tenta negociar diretamente com os clubes.

Essa iniciativa da emissora carioca anima cartolas que não são a favor do C13, como o presidente do Corinthians, Andres Sanchez. Andres, aliás, disse ontem que o departamento jurídico do clube analisa meios para a desfiliação do Timão do C13. “Há mais de dez anos há críticas em cima do Clube dos 13, que só negocia direitos de transmissão”, afirmou o cartola. O clube tem boa relação com a Globo e pretende negociar de maneira independente com a emissora.

Por sua vez, o presidente do Atlético-MG e membro da comissão do C13 que discute os direitos de transmissão, Alexandre Kalil, defende veementemente, a negociação em conjunto. “Isso [negociação separada] vai causar um prejuízo ao futebol que não se recupera em 20 anos.”

Kalil prevê problemas se todos não fecharem com uma única emissora. “Caso o Corinthians não assine com todos, é simples: quando vier jogar com o Atlético, a emissora deles não transmite.”

Para o presidente do clube mineirol, não importa em qual rede de TV o Brasileiro será transmitido. “Vencerá quem pagar mais”, diz.

Andres,contudo, crê que, por ser um dos clubes que mais dão audiência, o Corinthians deveria receber valor maior que seus rivais. Essa idéia vem ganhando adeptos e mais clubes poderão deixar a entidade.

O último vínculo entre clubes e TV, foi acertado por R$ 1,6 bilhão, pagos pelos direitos de todas as mídias. A previsão para o próximo acordo é que esse valor aumente cerca de 50%.