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Cultura

Turnê Fora do Eixo traz grupo argentino Falsos Conejos para Maceió

Na rota da turnê Fora do Eixo, Maceió vai receber os argentinos do grupo Falsos Conejos, na terça-feira (09/11). Promovido pelo coletivo Popfuzz em parceria com o circuito Fora do Eixo, o show contará ainda com apresentação d’A Banda de Joseph Tourton, de Recife, e da maceioense Cross The Breeze. Trata-se da maior turnê que a rede já realizou, com impressionantes 34 datas em 43 dias, passando por dez estados: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe e Alagoas. Em Maceió a turnê vai aportar no Banga Bar, em Jaraguá, a partir das 20h.

Instrumental

O trio Falsos Conejos compõe rock experimental e psicodélico, com influências de Post e Math-Rock. No ano passado, o show dos Conejos foi eleito um dos dez melhores pela imprensa musical independente de Buenos Aires. Na tour, a banda apresenta “YYY”, disco fresquinho, lançado no início de outubro, através do Compacto REC – projeto mensal de distribuição virtual de músicas, produzido colaborativamente pela Fora do Eixo Distro.

Ao lado dos argentinos, quem se apresenta são os recifenses A Banda de Joseph Tourton, fundindo jazz, rock, guitarras distorcidas, música brasileira e toques eletrônicos. O quarteto também divulga um disco recente, de título homônimo, lançado mês passado através do programa Petrobrás Cultural. O disco conta com a produção de Felipe S. e Marcelo Machado do Mombojó e foi masterizado na Inglaterra.

Turnês Fora do Eixo

O projeto de organização de turnês teve início em dezembro de 2009, quando começou a fazer parte do planejamento do circuito. No decorrer do ano, conseguiu-se firmar como um dos principais projetos de circulação e viabilização de rotas integradas de shows, reunindo diversos produtores, comunicadores, casas de shows, coletivos e artistas.

Mais de 40 cidades já receberam as turnês e aproximadamente 15 bandas já participaram do projeto. “Acho fundamental que as regiões integrem-se cada vez mais, que as rotas se tornem ainda mais viáveis e sustentáveis, que o músico brasileiro tenha oportunidade de fato de formar público no país inteiro”, comenta Gabriel Cardoso do Lumo Coletivo, um dos responsáveis pela rota nordestina.

Sobre a Falsos Conejos

O trio instrumental-experimental Falsos Conejos nasceu no ano de 2006. Post-rock, math-rock e outros termos similares são usados para descrever a estética sonora do grupo – eles preferem dizer que sua música é uma formação de baixo, guitarra e bateria onde cada instrumento cumpre distintas funções a cada instante. Conseguem uma paisagem particular em que a melodia não tem um papel de protagonista, o que torna difícil distinguir de forma nítida quem é quem narra a história. Por momentos, uma sonoridade forte e muito intensa os aproxima do rock e no compasso seguinte se afastam com passagens calmas e minimalistas mais parecidas com o Jazz e o Dub.

No ano de 2009, o trio focou suas energias na produção de seu primeiro álbum. Pré-produzido em Fevereiro e Março, gravado ao vivo em uma antiga casa nos arredores de Buenos Aires em Agosto. O registro e a pós-produção estiveram a cargo do engenheiro e produtor Juan Stewart, reconhecido por ter trabalhado em muitos dos discos mais interessantes da cena independente de Buenos Aires nos últimos anos. Uma vez concluído o disco, viajaram ao Brasil para fazer sua primeira turnê pelo exterior onde tocaram no festival Calango na cidade de Cuiabá e realizaram concertos nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

De abril de 2007 até hoje, realizaram mais de 100 apresentações ao vivo, dividindo a cena com bandas como UL, Gordolobo Trío, Macaco Bong, Honduras, Proyecto Gomez, Poseidotica, Suspensivos Inflamables, Daddy Antogna & Los de Helio, Las Cosas, Milica, Black Drawing Chalks e muitas outras. Neste processo, o grupo consolidou seu show intenso e psicodélico e conseguiu ser eleito em 2009 como uma das melhores bandas em atividade da cidade de Buenos Aires por meios independentes. Atualmente, as apresentações são “destacadas” nas agendas culturais das mídias mais importantes da cidade de Buenos Aires.

Além de serem músicos, os integrantes da Falso Conejos têm um papel ativo na gestão cultural independente, fazem parte dos coletivos “Buenos Aires Experimental” e “Movimiento Submarino”, os quais trabalham de forma cooperativa com a finalidade de fortalecer a cena independente portenha e o intercâmbio artístico com projetos de distintas cidades na Argentina e no resto da América Latina.

Em Outubro de 2006, o Falsos Conejos gravou seu primeiro trabalho em estúdio, registrando ao vivo e em uma tarde as sete faixas de Antitango. Em sessões seguintes, somaram-se as vozes das recitações, harmônicas, bandoneones e trombones. Finalizando o ano de 2006, realizaram as primeiras apresentações ao vivo onde reproduziram ao vivo AntiTango. Terminando o ano de 2007, gravaram ao vivo e no cenário de CicloMONTECONEJO, as composições de “Sessões Lunáticas”, o registro sonoro também esteve ao encargo de Juan Stewart.