Roberta Dias estava grávida quando foi assassinada em abril de 2012 - Foto: divulgação
Roberta Dias estava grávida quando foi assassinada em abril de 2012 – Foto: divulgação
Em decisão unânime, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas negaram mais um recurso apresentado pela defesa de Karlo Bruno Pereira Tavares, acusado de matar Roberta Costa Dias, jovem grávida, em abril de 2012, na cidade de Penedo. O processo, que tramita há mais de 12 anos na 4ª Vara Criminal de Penedo, segue com os réus mantidos sob sentença de pronúncia, devendo ser julgados pelo Tribunal do Júri em data ainda a ser definida.
A defesa de Karlo Bruno tentou invalidar a sentença de pronúncia por meio de um Recurso em Sentido Estrito, estratégia já adotada anteriormente e rejeitada pelo Tribunal. A mesma decisão foi mantida contra Mary Jane Araújo Santos, também acusada no caso.
Os réus respondem pelos crimes de homicídio qualificado, aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e ocultação de cadáver. De acordo com as investigações, o crime foi motivado pela recusa de Mary Jane em aceitar a gravidez da jovem, que esperava um filho do namorado à época, filho da acusada. Supostamente, Mary Jane pressionava Roberta para realizar um aborto.
As apurações também apontam que Karlo Bruno, amigo do namorado da vítima, teria executado o crime com a ajuda dele. O acusado chegou a confessar em um diálogo com um amigo, detalhes de como matou a jovem com um fio de extensão de som e indicando onde o corpo foi enterrado. O áudio foi periciado pela Polícia Federal, que atestou sua validade. O corpo de Roberta foi localizado anos após o crime.
O namorado da vítima, menor de idade na época, não responde pelo caso, apesar de, segundo as investigações, ter participado do crime. Com a manutenção da sentença de pronúncia, os dois acusados deverão enfrentar o julgamento pelo Tribunal do Júri, o que tem sido bastante aguardado pela sociedade penedense que aguarda com muita ansiedade pelo fim desse caso.