Treze policiais militares –quatro sargentos, três cabos e seis soldados– do 9º BPM (Rocha Miranda) são acusados pela Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro de roubar gasolina de viaturas e completar o tanque com água para disfarçar o desvio. Um inquérito policial foi aberto e eles já tiveram o porte de arma e as carteiras funcionais suspensos.
De acordo com as investigações, um carro do 9º BPM consumiu em três meses o equivalente a 0,7346 quilômetros por litro de gasolina, semelhante ao que uma Ferrari consome durante uma corrida de Fórmula-1.
O número foi considerado pelo inquérito como absurdo e elevado para os padrões da frota da polícia. Os treze policiais foram submetidos ao Conselho de Disciplina e enquadrados no Artigo 265 (desaparecer, consumir ou extraviar combustível, armamento, munição e peças de equipamentos de navio ou de aeronave ou de engenho de guerra motomecanizados) do Código Penal Militar. Eles podem ser condenados a pena de até três anos.
Em 21 de maio de 2007, a viatura 50-0027 ficou fora de operação por apresentar problemas no bico injetor de combustível. O chefe de seção de manutenção retirou um pouco do combustível do veículo e descobriu a adulteração. O Centro de Criminalística da Corregedoria fez um laudo e constatou a presença de água na gasolina.