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Negócios/Economia

Três fatores essenciais para começar seus investimentos

Para começar a investir parece simples: basta escolher um ativo e aplicar parte do seu patrimônio. Claro, existem chances de que isso resulte em bons frutos, no entanto, é preciso um pouco mais de esforço e pesquisa para que o retorno dos investimentos seja sempre positivo.

Afinal, investir é um processo contínuo, ou seja, disciplina, autoconhecimento e determinação são a chave para aplicações mais assertivas. Não existe uma fórmula milagrosa que transforme alguns reais em milhões, ainda assim é possível multiplicar seu patrimônio sem complexidade.

Alguns dos investidores de maior sucesso começaram sua carreira financeira do zero – ou com muito pouco – e, por esse motivo, não é preciso desanimar. Para facilitar essa jornada, que pode ser trabalhosa no início, é fundamental ter foco e, claro, contar com algumas dicas e conceitos básicos que podem descomplicar o mundo dos investimentos.

Antes de tudo, planeje-se!

Esse é o ponto zero para quem deseja investir. Para ter bons rendimentos, é preciso, antes de qualquer coisa, fazer uma avaliação financeira pessoal. O método pode variar, entre planilhas, aplicativos, na ponta do lápis, o que mais importa é fazer um balanço e entender as entradas e saídas no orçamento.

Uma boa dica é, no começo, anotar absolutamente tudo: desde o cafezinho até os pagamentos de contas frequentes. Isso facilita a percepção de todos os gastos mensais e, por isso, ajuda no planejamento financeiro. Afinal, somente a partir desse controle é possível entender melhor o que é necessário e o que é supérfluo, bem como seus limites.

Assim, cortando os gastos, é possível pagar as dívidas. Pesadelo de muitas pessoas, elas podem se tornar facilmente uma bola de neve, caso não sejam quitadas com urgência. Por isso, antes de começar a aplicar, é preciso zerar os débitos ou, pelo menos, negociá-los – outra razão por que a organização financeira é fundamental.

A partir desse momento, o valor a se investir já pode ser definido – seja R$150 ou R$1000. O mais importante é entender o próprio orçamento e estabelecer uma quantia que deve ser cumprida à risca em todos os meses, pois o planejamento só tem sentido quando seguido.

Autoconhecimento é fundamental

Ao fazer o planejamento financeiro, é possível ter uma ideia exata da rotina de gastos e, por consequência, do comportamento perante as finanças. Mas para escolher o investimento ideal, ou um conjunto deles que mais se adeque, é fundamental fazer uma análise mais detalhada.

Por isso, é imprescindível definir alguns pontos fundamentais da jornada de investimento: objetivos, momento de vida, perfil de investidor e prazos. Cada um deles pode ou não estar ligado a outro, mas, na prática, todos trabalham juntos para compor uma persona que necessita de uma aplicação específica.

Isso porque não existe um ativo perfeito, que seja indicado a todos; na realidade, há algumas opções disponíveis que podem ser excelentes para determinado investidor e pouco interessantes para outro. Então, talvez não seja uma boa ideia apenas investir no ativo do momento ou copiar a carteira de alguém conhecido.

Para se conhecer, algumas perguntas podem ajudar: “o que pretendo conquistar com o que ganhar?”, “quanto tempo preciso para isso?”, “estou em que fase da minha carreira? Ela é estável?” e, por fim, “caso perca dinheiro, como lido com esse prejuízo?”. São questionamentos simples, mas que ajudam a entender o sentido de investir.

Comece aos poucos

Para quem não possui experiência, o mercado financeiro pode ser cruel. Há muitos tipos de investimentos disponíveis, o que causa uma verdadeira confusão na mente! No entanto, existem aplicações menos complexas, mais estáveis e destinadas a pequenos investidores; são opções que tiram essa imagem de volatilidade e trazem segurança sem perder o rendimento.

É o caso dos títulos de renda fixa, menos complexos e de rentabilidade facilmente calculável. Dentro dessa classe de investimento, existe uma aplicação indicada para cada momento de vida e objetivo; ainda que variem quanto ao prazo, são mais indicadas para perfis conservadores, ou para quem está começando.

Aos poucos, tomando mais conhecimento, o investidor pode diversificar ainda mais a carteira com ativos de renda variável (ações) ou outras aplicações mais arriscadas, caso queira. O mais importante é, antes disso, adquirir experiência para entender melhor essas oscilações.

Por isso, é fundamental sempre acompanhar os seus investimentos de perto. Conhecer o cenário político-econômico, brasileiro e internacional, também ajuda bastante a entender como funcionam os preços dos ativos. Mas claro, um passo de cada vez!