Reeducandos concentrados, testando seus conhecimentos nas salas de aula dos presídios. Fora dali, um trabalho silencioso e discreto para garantir a aplicação das provas do Exame Nacional de Ensino Médio para os Privados de Liberdade (Enem/PPL) em Alagoas.
O esquema coordenado pelo Comando de Operações Penitenciárias (COP) e executado pelos agentes penitenciários do Grupo de Escolta, Remoção e Intervenção Tática (Gerit) foi fundamental para que o processo seletivo transcorresse dentro da normalidade, no primeiro dia de provas.
Nesta quarta-feira (14), último dia do exame, o esquema de segurança está mantido, para garantir a tranquilidade do exame. Com início às 13h15, os candidatos terão 5h30 para responder questões envolvendo Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação, além de Matemática e suas Tecnologias.
O gerente do COP, Júlio Cesar Cutrim, explica que reuniões de planejamentos foram realizadas para discutir os planos de ação das equipes.
Sobre o primeiro dia de prova, o gerente destaca a tranquilidade. “Foi uma operação conjunta entre o Comando de Operações Penitenciárias, as unidades prisionais e a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia. Graças a esse trabalho de planejamento prévio, tudo ocorreu bem, não tivemos atrasos ou incidente e a rotina nos presídios não foi alterada. Estamos empenhados para que no segundo dia tudo transcorra dentro do esperado”, explicou.
Este ano, Alagoas inscreveu 280 reeducandos no Exame Nacional de Ensino Médio para os Privados de Liberdade, sendo 204 candidatos das unidades da capital e 76 do Presídio do Agreste.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 78% dos inscritos têm como objetivo a obtenção do Certificado do Ensino Médio. Os resultados individuais também podem ser usados como mecanismo de acesso ao ensino superior e a programas de educação.
