O excesso de tráfego aéreo no Haiti está impedindo a aterrissagem de voos com ajuda humanitária para as vítimas do terremoto que atingiu a capital do país, Porto Príncipe, na última terça-feira (12). Segundo informações da agência Lusa, a organização Médicos Sem Fronteiras denunciou que a dificuldade para pousar impediu a chegada de um hospital de campanha.
Após o terremoto, o controle aéreo do país caribenho foi assumido pelos Estados Unidos. Alguns aviões brasileiros carregados de suprimentos tiveram dificuldades para pousar no aeroporto de Porto Príncipe, o que levou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a telefonar para secretária de Estado americana, Hillary Clinton, para resolver o que chamou de “mal-entendido”.
Além de problemas com a entrada de aviões, também há dificuldades logísticas para distribuir os suprimentos que já chegaram à capital haitiana. De acordo com a BBC Brasil, com o colapso do governo local e a completa destruição da infraestrutura, as ruas estão bloqueadas e poucas construções suportaram os tremores. Grande parte dos flagelados pelo terremoto continua à espera de mantimentos básicos e medicamentos.
Autoridades haitianas calculam entre 100 mil e 200 mil o número de mortes provocadas pelo terremoto. Segundo a Cruz Vermelha Internacional, mais de 3 milhões de pessoas foram afetadas pela tragédia.