Comerciantes foram transferidos para outro local
Lamento, revolta e muita reclamação marcaram o início da manhã desta quinta-feira, 17, na cidade de Penedo, quando por determinação da prefeitura, alguns comerciantes foram removidos de seus locais de trabalho no comércio com o uso do poder de polícia que é garantido por lei ao executivo municipal.
Na quarta-feira, 09 de novembro, os comerciantes se reuniram com representantes da prefeitura e de acordo com a secretária de infraestrutura e obras, Melissa Mota, ficou acordado que todos deveriam deixar o local onde estavam comercializando seus produtos nesta quarta-feira (16), algo que não foi respeitado pelos trabalhadores.
Para o presidente da associação dos feirantes, José Vieira da Rocha, o uso da força policial foi desnecessária e o diálogo foi evitado antes de haver a determinação para a remoção dos trabalhadores. “Infelizmente as famílias se depararam mais uma vez com tamanha arbitrariedade. Esse é o presente de natal que o povo de Penedo ganha desse prefeito que nem votado foi”, desabafou o líder dos feirantes.
A relocação dos comerciantes revoltou o senhor Anacleto que há mais de treze anos trabalha como ambulante no comércio de Penedo. “O mês de dezembro é quando aproveitamos para ganhar um dinheirinho extra e comprar algo melhor para nossos filhos. E o pior é que tiraram a gente de um lugar para colocar em outro e isso causou revolta nos lojistas que não querem a gente na porta de seus estabelecimentos”, declarou o trabalhador.
Lojistas da Rua São Miguel disseram em entrevista na manhã desta quinta-feira, 17, à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br), que não foram informados da mudança e não aceitavam a permanência dos feirantes na frente de seus estabelecimentos comerciais, uma vez que não foram comunicados oficialmente e da forma desigual que estavam sendo tratados, certamente seriam muito prejudicados com a medida adotada pela prefeitura de Penedo.
O impasse entre prefeitura e comerciantes deve ser resolvido agora com a intervenção do Ministério Público Estadual, que segundo os próprios feirantes, teria provocado a prefeitura para encontrar uma solução para o problema devido às queixas da população e do comércio formal que se sentiam prejudicados pela oferta dos serviços.